SENSIBILIZAÇÃO DO PROGRAMA ENFERMA-RIA
DISSEMINANDO ATORES DO RISO
Resumo
A utilização da palhaçaria em ambiente hospitalar como forma de intervenção lúdica, vem obtendo gradativamente um espaço significativo na sociedade, e com isso, a busca dos acadêmicos da área da saúde em projetos que contemplem estas atividades e conhecimento. Sendo assim, o presente trabalho objetiva-se relatar a sensibilização de novos integrantes realizada pelo Programa Enferma-Ria: a palhaçaria como ferramenta da promoção da saúde. O programa encontra-se vinculado à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Chapecó (UFFS/SC), aprovado no Edital número 522GR/UFFS/2016 e à Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC), Campus São Miguel do Oeste. As ações possuem como público alvo, crianças e familiares que vivenciam o processo de hospitalização no Hospital da Criança Augusta Muller Bohner (HC). As atividades são desenvolvidas, semanalmente, por educandos da UFFS/SC, os quais utilizam da palhaçaria para promover a saúde no qual o palhaço proporciona uma abertura ao diálogo e ao vivido das pessoas de quem cuida. A inserção de novos integrantes no Programa, exige uma organização a qual é denominada de sensibilização a qual tem o intuito de fortalecer a formação acadêmica e o desenvolvimento de uma metodologia ativa de cuidado na promoção de saúde. Assim, ao realizar uma parceria interinstitucional, com a UNOESC, foi necessário o desenvolvimento de momentos de construção coletiva. Buscou-se proporcionar aos acadêmicos do curso de enfermagem uma reflexões e discussões voltadas para um cuidado humanizado, pautado na singularidade de cada indivíduo bem como alicerçar seu protagonismo nas ações de promoção de saúde. As sensibilizações ocorreram em dois momentos, e foi realizada pelos próprios participantes do Programa da UFFS, os quais na sua trajetória, desenvolveram cursos preparatórios, à exemplo, a formação em Clown. O primeiro momento, utilizou-se recursos voltados para o individual, como improviso e brincadeiras que envolvessem a corporeidade. Já o segundo momento, apontou-se os mecanismos que pudessem trazer a figura do palhaço, como maquiagens, vestimentas e nomes artísticos, para que aos poucos, cada acadêmico pudesse formar o seu próprio palhaço, baseado nas suas características individuais. A ferramenta da palhaçaria vai além do mecanismo do riso, possibilita o protagonismo do cuidado, inserindo de maneira leve e alegre o arcabouço técnico científico sobre o cuidado, de forma que o acadêmico encontre subsídios para promover a saúde das pessoas. Ao se (re)conhecer enquanto ator do cuidado, durante o processo de sensibilização, o acadêmico pode vislumbrar uma compreensão de si e do mundo ao seu entorno ao se permitir identificar suas potencialidades e fragilidades. A sensibilização, especialmente, realizada com demais instituições, permitiram uma maximização das potencialidades, auxiliando em ações para minimizar as dificuldades dos acadêmicos enquanto futuros profissionais de saúde. Além disso, o compartilhamento e a relação estabelecida nos encontros, possibilitaram fomentar qualidades inerentes ao Enfermeiro, como a criatividade, comunicação e, até mesmo, exercer a liderança, sendo estas, articuladoras de um cuidado que possibilite promover a saúde.
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Submeto o trabalho apresentado como texto original à Comissão Editorial do XIII SEPE e concordo que os direitos autorais, a ele referente, se torne propriedade do Anais do XIII SEPE da UFFS.