PREVALÊNCIA DE AFECÇÕES OFTÁLMICAS EM CÃES E GATOS JOVENS ATENDIDOS NA SUPERINTENDÊNCIA UNIDADE HOSPITALAR VETERINÁRIA UNIVERSITÁRIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL - CAMPUS REALEZA

Autores

  • gilson correa lima UFFS
  • Gentil Ferreira Gonçalves
  • Bruno Alencar da Maia Pinto
  • Nadine Arend UFFS
  • Gabrieli Américo Silva

Resumo

Com o progressivo interesse por parte dos tutores ao bem-estar de seus animais de estimação, a frequência de distúrbios oculares, perioculares e relacionados ao órgão da visão apresentam crescimento constante no número de casos diagnosticados e tratados na clínica veterinária, resultando na necessidade do desenvolvimento e expansão da área oftálmica, na Medicina Veterinária. Com relação aos cães e gatos de idade jovem, a abordagem diagnóstica e terapêutica de forma ágil, é fundamental para o tratamento e prognóstico do caso, pois muitas afecções oftálmicas manifestam caráter degenerativo, nas quais o quadro clínico apresenta-se de forma evolutiva e irreversíveis. Buscando produzir uma referência do número de casos oftálmicos, na rotina veterinária de animais jovens, na região sudoeste do Paraná, o presente trabalho, tem como objetivo listar e caracterizar todas as doenças oftálmicas atendidas na Superintendência Unidade Hospitalar Veterinária Universitária da Universidade federal da Fronteira Sul, Campus Realeza – PR, no período do dia 01 de agosto de 2016 ao dia 01 de agosto de 2018. Foram atendidos 19 animais, com idades inferiores a 12 meses, sendo 16 cães (84,2%) (com a maior prevalência entre as raças SRD, Lhasa Apso e Shih-Tzu) e 3 gatos (15,8%), com idade entre 3 a 11 meses de vida. As afecções se apresentaram de forma concomitante nos pacientes. Dentre todos os distúrbios oftálmicos atendidos, destacou-se a predominância dos casos de prolapso da glândula da terceira pálpebra, com 8 pacientes diagnosticados (42,1%), também conhecido como protusão ou eversão da glândula da terceira pálpebra, com predisposição a animais de idade jovem, além de estar relacionada a adenite, a anormalidades anatômicas e a patógenos, causando o comprometimento da glândula, a qual é relatada pelo tutor, como sendo uma massa medial ao bulbo ocular, com a presença de secreção e/ou conjuntivite. A uveíte, foi diagnosticada em 7 pacientes (36,8%), sendo um processo inflamatório das estruturas que formam a úvea, composta pela íris, corpo ciliar e coroide, os quais possuem estreita ligação com a lente, retina e nervo óptico, sendo fundamental o tratamento desta enfermidade para a preservação da visão. Também foram atendidos casos de catarata (n= 2, 10,5%), conjuntivite (n= 1, 5,2%), ceratite crônica (5,2%), entrópio juvenil (5,2%), laceração de córnea com prolapso de íris (5,2%), glaucoma (5,2%), sinéquia anterior (5,2%), leucoma (5,2%), protrusão bulbar (5,2%), ceratocone (5,2%) e edema de córnea (5,2%). Traçar o perfil oftálmico e a prevalência das afecções que acometem o sentido visual dos animais de companhia, que convivem na região sudoeste do Paraná, é fundamental para acompanhar a evolução ou não nos números de futuros casos, além de estimular novas pesquisas, que poderão auxiliar no tratamento e redução dos mesmos.

Downloads

Publicado

24-10-2018

Edição

Seção

Campus Realeza - Projetos de Extensão e Cultura