CONCEPÇÕES E PRÁTICAS NO ENSINO DE ECOLOGIA

Resumo

Considerada uma Ciência na qual se busca compreender as interações entre os organismos e o meio ambiente, a Ecologia foi promulgada como tal em 1866. Esta, já traz consigo um vasto reconhecimento no que se tange a conteúdos ligados a ecossistemas e relações entre os seres vivos. O ensino de Ecologia ainda é pouco divulgado em eventos de Ecologia e de Ensino/Educação em Ciências, sendo que não há um evento dedicado a esse tema. Nesta pesquisa optou-se por analisar resumos publicados no Encontro Nacional do Ensino de Biologia (ENEBIO) nos anos entre 2005 e 2007, pois foram os primeiros realizados no Brasil, e mesmo sendo recentes já apresentavam grande número de trabalhos publicados. A pesquisa deteve-se a analisar o conteúdo dos trabalhos, instituições, níveis de ensino, metodologias e as concepções de ensino que perfilavam os resumos destes anos, as de ensino classificadas em: técnica, prática e crítica. A primeira delas é baseada na teoria de que se segue um padrão de ensino embasado na memorização do conteúdo, a concepção prática embasa-se em promulgar aulas ou cursos em que haja interação e facilitação do diálogo no ensino e interação entre aluno e professor, já a concepção do tipo crítica é aquela na qual o aluno é um sujeito que argumenta, reflete, pergunta e expõe suas ideias. Após a leitura dos trabalhos publicados no site do evento, fez-se uma análise quanto as concepções de ensino que cada um dos trabalhos apresentou, utilizando-se fragmentos dos textos, título, conteúdo e metodologias utilizadas. Resultou-se de 2005, um número total de 11 trabalhos analisados, neste ano as concepções de ensino foram: 6:11 do tipo técnica, 5:11 do tipo prática, e nenhuma do tipo crítica. Já do ano de 2007, dos 26 trabalhos sobre o tema, 15:26 baseavam-se na concepção técnica, 14:26 dos trabalhos na concepção prática e 2:26 dos trabalhos abrangeram a concepção crítica. Há uma visível maioria de trabalhos que contém em seu contexto concepções técnicas e um pouquíssimo número no que se refere às concepções críticas, sinalizando o quanto o ensino ainda utiliza ferramentas que se encontram embasadas em um ensino tradicional, sendo de extrema importância estudos que visem verificar quais são os reais contextos de realidade educacional no País. Cada vez mais se torna importante discutir concepções de ensino, conteúdo e metodologias para uma formação crítica e cidadã nas Escolas e Universidades do Brasil.