EDUCAÇÃO AMBIENTAL APLICADA À EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Autores

  • Graziela Maiara Lunkes UFFS
  • Bruna Kopplin
  • Alcione Aparecida de Almeida Alves
  • Bernadete Scheid
  • Carine Knebel Backes
  • Denize Ivete Reis
  • Karla Marina Ziembowicz
  • Louise de Lira Roedel Botelho
  • Tatiane Chassot

Resumo

Resumo: A Universidade Federal da Fronteira Sul por meio da Incubadora Tecnossocial de Cooperativas e Empreendimentos Econômicos Solidários, contribui na implementação das políticas de Educação Ambiental (EA) estabelecidas em lei e por vezes pouco operantes nas atividades docentes. Assim, esta atividade de extensão objetiva promover práticas de educação ambiental, como instrumento de desenvolvimento e cidadania no município de Cerro Largo com o intuito de despertar a percepção da sociedade acerca dos problemas ambientais e contribuir para a conscientização, mobilização e atendimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Inicialmente uma atividade diagnóstica identificou a percepção e práticas que educandos (quarto e quinto ano) e educadores apresentam em relação a EA nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Através de desenhos e aplicação de questionários relacionados com a temática ambiental, analisou-se os conhecimentos que os alunos construíram ao longo dos anos iniciais com as concepções manifestadas pelos professores (entrevista estruturada) que, possivelmente, influenciam as práticas escolares. Considerando esse olhar acerca da EA escolar, foi realizado o estudo bibliográfico a fim de construir um referencial teórico que inclua os conceitos de natureza e meio ambiente e suas relações com a sociedade, a trajetória histórica da temática ambiental no Brasil/mundo, contextualizando-os com a EA escolar. Foi realizado um trabalho conjunto (professores e equipe) buscando uma EA Crítica, que instigue mudança de valores e atitudes, contribuindo para a formação de sujeitos críticos, participativos e pensantes que estão numa fase primordial de formação e incorporação de valores voltados à sustentabilidade em suas dimensões social, ambiental, econômica, cultural e espacial. Além disso, foram desenvolvidas atividades buscando situar o educador como um mediador de relações socioeducativas, coordenador de ações, pesquisas e reflexões, escolares e/ou comunitárias, que oportunizem novos processos de aprendizagens sociais, individuais e institucionais. O nível qualitativo das entrevistas evidenciou um desconhecimento de termos e definições básicas envolvidos no processo ensino-aprendizagem da EA escolar, quanto a habilidades de pensamento, atitudes e ações com foco em atividades eventuais de preservação dos recursos naturais e ambientais, com pronunciamentos bastante genéricos, mais de base intuitiva do que explicitamente referenciados. As práticas são voltadas à separação do lixo, à economia de água e comemoração de datas relacionadas com os temas ambientais, ficando desprovidas da reflexão sobre o processo como um todo e a nossa participação corresponsável enquanto cidadãos. A percepção de que tudo se relaciona com o Universo, nos leva a pensar o meio ambiente como o lugar do encontro entre a natureza e as relações sociais e históricas. Assim, os educadores realizaram um estudo/atividade no sentido de pesquisar a memória do ambiente onde a escola está localizada, utilizando fotografias, relatos e imagens, fazendo uma análise crítica da evolução histórica, social, cultural e ambiental da escola e do lugar onde ela está localizada. Das atividades desenvolvidas resulta o Documento Síntese (resultados do diagnóstico), com relato e análise das ações de formação continuada, os fundamentos teóricos e metodológicos abordados, que servirão de base para as ações futuras, como a construção de uma nova concepção de educação, reorganização curricular e pedagógica em EA.

 

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Publicado

19-11-2018

Edição

Seção

Campus Cerro Largo - Projetos de Extensão e Cultura