SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA:

INTERVENÇÕES FRENTE ÀS PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES DE ENFERMAGEM

Autores

  • Jéssica Ferreira Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Chapecó
  • Júlia Valéria de Oliveira Vargas Bitencourt

Resumo

A atuação da equipe de enfermagem é fundamental no Pós-Operatório Imediato (POI), período de instabilidade orgânica, no qual os riscos hemodinâmicos
podem desencadear graves consequências. O processo assistencial neste momento deve ser planejado desde a admissão do paciente no Centro Cirúrgico até a
obtenção das condições de alta da Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA). Diante de tais considerações e da importância da segurança do paciente após o
procedimento anestésico-cirúrgico, compreende-se a necessidade de identificar as adversidades e os riscos aos quais os pacientes estão sujeitos e propor intervenções de enfermagem para estas complicações de forma prévia, para que a assistência seja efetiva e qualificada. Este trabalho visa relatar a experiência do desenvolvimento de uma atividade de capacitação e aperfeiçoamento em saúde, com um grupo de sete técnicos de enfermagem e dois enfermeiros, realizada na SRPA de uma instituição hospitalar do município de Chapecó/SC. A vivência ocorreu no componente curricular “Estágio Curricular Supervisionado I” da nona fase do curso de graduação em enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul, no primeiro semestre de 2018. A unidade hospitalar não possuía uma padronização das intervenções de enfermagem diante das complicações comumente encontradas. Sendo frequentes os casos em que os cuidados de enfermagem ficavam restritos apenas às prescrições e indicações médicas. Nesse sentido, foi elaborada uma tabela com as principais complicações e respectivas intervenções de enfermagem na SRPA, de acordo com o recomendado pela Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização (SOBECC). As adversidades abordadas foram: hipotermia, hipoxemia, tremores, náusea e vômitos, alteração do ritmo cardíaco, pressão arterial sistêmica, hipotensão, sangramento, dor e crise convulsiva. Na atividade, inicialmente os profissionais expuseram suas condutas rotineiras frente às complicações abordadas, e após um momento de troca de conhecimentos e experiências, a acadêmica apontou as intervenções de enfermagem e recomendações expostas da literatura sobre a temática junto à exposição da tabela elaborada. A tabela foi confeccionada em material passível de desinfecção, e foi deixada de forma móvel na bancada administrativa da unidade para melhor facilidade de pesquisa e utilização. As avaliações periódicas do paciente bem como intervenções de enfermagem oportunas reduzem a morbimortalidade e o período de hospitalização. Desta forma, é imprescindível que a equipe de enfermagem esteja qualificada de forma técnica e científica para prestar assistência eficaz e segura, considerando as sensíveis mudanças fisiológicas do paciente pós-cirúrgico. Assim, ressalta-se a importância das atividades de treinamento e capacitação na SRPA, pois ações rápidas e efetivas fortalecem a autonomia do cuidado e enfermagem.

Biografia do Autor

  • Jéssica Ferreira, Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Chapecó
    Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus - Chapecó/SC. Bolsista de Monitoria ProGrad do Laboratório de Semiológia e Semiotécnica.

Downloads

Publicado

26-10-2018

Edição

Seção

Campus Chapecó - Projetos de Ensino