A subjetividade como expressão da singularidade

Autores

  • Susiane Kreibich Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Erechim.
  • Thiago Soares Leite Universidade Federal da Fronteira Sul

Resumo

A pesquisa teve como objetivo investigar como se constitui o sujeito na teoria psicanalítica desenvolvida por Sigmund Freud. Em psicanálise, o indivíduo humano desenvolve a sua subjetividade a partir de uma instância inconsciente, a qual lhe é codeterminante, sendo o sujeito resultado de um constructo que se dá ao longo do tempo. Nesse sentido, a pesquisa se desenvolveu em dois momentos. No primeiro, tratamos dos conceitos “id”, “ego” e “superego”, os quais são formulados na Segunda Tópica do aparelho psíquico. De modo geral, o id é considerado o polo pulsional do indivíduo. O ego é a instância que busca conciliar as exigências do id e do superego, representando o interesse do indivíduo em sua totalidade. O superego é a instância repressora, uma vez que se constitui a partir das exigências externas. No segundo momento, nos voltamos à investigação do “eu”, o qual é resultado do desenvolvimento da subjetividade de cada indivíduo. O desenvolvimento da subjetividade é resultado de um processo que se dá a partir da relação com o outro. Ou seja, o desenvolvimento da subjetividade é possível porque há o outro, e com ele, o “eu” se desenvolve, experienciando aquilo que o mundo oferece. Como resultado, o “eu” não é fixo e imutável, pois resulta da combinação entre o indivíduo e aquilo que é oferecido pelo mundo que o circunda. Cada ser humano desenvolve a subjetividade de maneira exclusiva, porém, esta é resultado de um processo que se dá ao longo da sua existência. Como resultado da pesquisa, entendemos que, por se tratar de um processo de desenvolvimento, este é ontologicamente posterior à individuação. Há, anteriormente, o indivíduo e, a partir dele, é possível desenvolver a subjetividade. Assim, o sujeito que emerge e se desenvolve possui um substrato ontológico denominado “indivíduo”, e este lhe possibilita desenvolver a sua subjetividade. Entendemos, portanto, que a subjetividade não torna cada indivíduo único e irrepetível, mas expressa a singularidade de cada um. A pesquisa teve como base a exegese das fontes, utilizando as obras O Ego e o Id e outros trabalhos e Esboço de Psicanálise, ambas de Sigmund Freud, bem como obras de comentadores.

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Publicado

27-09-2018

Edição

Seção

Campus Erechim - Projetos de Pesquisa