Caracterização de propriedades AGROECOLÓGICAS frente ao uso de plantas bioativas: Estudo de caso na MESORREGIÃO DE CHAPECÓ (SC)

Autores

  • Dannyelle Cristine Orsolin Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Chapecó
  • André Luiz Radunz Docente do curso de Agronomia da Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Chapecó
  • Andressa Lufichoski

Resumo

A agricultura familiar destaca-se pela sua importância no que tange a produção de alimentos para a população Brasileira, mas também por ser uma categoria social de grande relevância para o desenvolvimento rural sustentável. Neste contexto, embasado pela procura cada vez mais ampla, por parte dos consumidores, por alimentos saudáveis e sem a utilização de agrotóxicos no processo produtivo, mas também a ênfase em atividades sustentáveis do ponto de vista ambiental tem-se a agroecologia como uma estratégia viável e contextualizada a agricultura familiar. Entre as estratégias de cultivo agroecológicas, praticadas em propriedades agrícolas familiares, tem-se a utilização das plantas bioativas para o manejo dos agroecossistemas produtivos. Pelo exposto, assumindo a importância da agricultura familiar na mesorregião de Chapecó torna-se relevante conhecer as características das propriedades agroecológicas e também inferir a respeito do conhecimento dos agricultores e suas famílias frente a utilização das plantas bioativas no manejo dos agroecossistemas. Pelo exposto, objetivou-se a caracterização de propriedades agrícolas familiares agroecológicas e a utilização das plantas bioativas no manejo do sistema produtivo para as condições da mesorregião de Chapecó (SC). Para tanto foi desenvolvida uma pesquisa no segundo semestre de 2017, pautada em um estudo de caso. A coleta dos dados foi realizada através de entrevistas, as quais foram conduzidas em seis propriedades agroecológicas localizadas nos municípios de Águas de Chapecó, Guatambu, Coronel Freitas e Chapecó. Após a coleta dos dados, estes foram tabelados e analisados graficamente para melhor compreensão dos resultados. Entre os resultados pode-se inferir que, para as seis propriedades agroecológicas, a média

de superfície agrícola foi de 8,6 hectares. Bem como, constatou-se que a faixa etária predominante dos entrevistados foi entre 40 e 65 anos, correspondendo a 63,16% das pessoas entrevistadas, sendo os demais (36,84%) com faixa etária entre 12 e 35 anos.  No que tange o conhecimento das famílias sobre ao termo plantas bioativas, 50% dos entrevistados nunca tinha escutado falar neste termo, mas pode-se perceber que todos faziam uso de plantas no manejo de seus sistemas produtivos e souberam citar a aplicação de plantas na sua propriedade, para um ou mais usos entre as práticas agrícolas, uso animal e medicinal. Entre as espécies citadas pelos agricultores, as famílias botânicas que mais apareceram foram: Asteraceae com 33,33%, alliaceae, curcubitaceae, musaceae e plantaginaceae, ambas com 16,66%, sendo exemplos destas, respectivamente, as espécies cravo-de-defunto (Tagetes spp.), alho (Allium spp.), tajujá (Cayaponia spp), bananeira (Musa spp.) e a tansagem (Plantago spp.). Conclui-se que as propriedades agroecológicas da mesorregião de Chapecó possuem pequenas áreas de terra e as famílias são compostas predominantemente por pessoas da faixa etária entre 40 e 65 anos. Bem como as plantas bioativas, apesar de não serem conhecidas por todas as famílias com esta nomenclatura estão presentes no manejo das propriedades agroecológicas.

 

Palavras-chave: manejo dos agroecossistemas, sustentabilidade, plantas bioativas.

 

 

 

Downloads

Publicado

08-11-2018

Edição

Seção

Campus Chapecó - Projetos de Extensão e Cultura