ARTROPLASTIA DE QUADRIL

Autores

  • Luísa Cancian Stieler UFFS
  • Artur Vargas dos Reis UFFS
  • Carles Viccari UFFS
  • Robson Luiz de Souza Alhadas UFFS
  • Mateus Luis Schorn UFFS
  • Henrique Emanuelli Della Méa UFFS
  • Jeniffer Charlene Silva Dalazen UFFS
  • Kevin Kenzo Oishi UFFS
  • Jung Ho Kim UFFS

Resumo

A Artroplastia de quadril consiste na substituição da articulação fêmuro-acetabular por material protético, em casos em que outras condutas já não demonstram eficácia. O objetivo deste trabalho é, através de revisão bibliográfica, elucidar dúvidas acerca dos principais materiais utilizados e tipos de próteses, além de suas indicações e técnicas cirúrgicas. Este procedimento é indicado principalmente em casos de osteonecrose da cabeça femoral, osteoartrose, sequelas de doenças do quadril na infância além fraturas e sequelas de fraturas, sendo contraindicado em casos de artropatia neuropática e sepse articular recente ou em curso. As artroplastias ainda podem ser parciais, utilizadas, por exemplo, em fratura de colo do fêmur em idosos em que a cartilagem acetabular está preservada, ou totais, quando os dois componentes são substituídos. A prótese de quadril é composta, portanto, de dois componentes, o femoral e o acetabular sendo os principais materiais utilizados a combinação de metal articulado ou componentes cerâmicos com superfície de polietileno. Os componentes femorais apresentam diferentes desenhos, variando o tamanho e material de composição da cabeça femoral, comprimento do colo, comprimento da haste e off-set. Os componentes acetabulares, produzidos a partir de polietileno, possuem alta resistência ao desgaste, apresentando um anel metálico que permite sua identificação radiográfica, estes componentes também podem ser produzidos com titânio, o que irá alterar o método de fixação. Ao posicionamento o componente acetabular deve apresentar 15° de anteversão e 45° de inclinação, aproximadamente, para alcançar um alto rendimento. Estas próteses podem ser fixadas de forma cimentada ou não-cimentada, para fixação dos componentes cimentados pode ser utilizado cimento ósseo de metilmetacrilato e para componentes não-cimentados a fixação pode ser feita por press-fit, plugs cavilhas ou parafusos quando se trata de componente acetabular. Existem atualmente três gerações de cimentação para componentes femorais: a primeira geração que consiste na colocação manual do cimento ósseo, sem utilização de plug ósseo; a segunda geração que utiliza plug ósseo no canal femoral e colocação do cimento por pistola; a terceira geração que introduz o cimento por pressurização e uso de centralizadores. A superioridade acerca dos métodos de fixação ainda não está elucidada, tornando a escolha particular ao treinamento e prática do cirurgião. A técnica de abordagem para artroplastia de quadril pode variar de acordo com o cirurgião: Abordagem Kocher-Langerbeck – paciente é posicionado em decúbito lateral e a incisão na pele começa lateralmente na coxa e termina posteriormente na região glútea; Abordagem Hueter ou Smith-Petersen – paciente é posicionado em decúbito dorsal tendo por objetivo acessar o quadril sem a desinserção dos músculos; Abordagem Hardinge – paciente pode ser posicionado em decúbito lateral ou dorsal e a incisão na pele é realizada através da parte lateral do quadril; Miniincisão – Incisões de 10 cm ou menos. Como podemos observar através de revisão bibliográfica, existem variados materiais e métodos de artroplastia do quadril, cabendo ao cirurgião à melhor escolha do procedimento de acordo com as necessidades do paciente.

Biografia do Autor

  • Jung Ho Kim, UFFS

    Meédico ortopedista,Professor e coordenador da Liga acadêmica de ortopedia e traumatologia UFFS

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Publicado

24-10-2018

Edição

Seção

Campus Passo Fundo - Projetos de Ensino