DISPENSAÇÃO DE ANTIBACTERIANOS EM UMA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

Autores

  • Marina Pelicioli Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Passo Fundo - Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade
  • Ivana Loraine Lindemann

Resumo

Os medicamentos denominados antibacterianos têm como objetivo a eliminação de bactérias que infectam os seres vivos causando doenças. O seu uso abusivo tem sido o grande responsável pela emergência de bactérias resistentes. O Objetivo deste trabalho foi descrever características dos pacientes que receberam prescrição de antibacteriano, bem como os tipos prescritos. Para isso, foram analisadas as prescrições retidas em 2017 na Farmácia da Estratégia de Saúde da Família Santa Rita de Marau, RS, campo de prática da Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade da UFFS. O protocolo do estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFFS. De um montante de 1.909 prescrições retidas, 702 foram de antibacterianos. Em relação às características dos pacientes observou-se um predomínio do sexo feminino (70,6%) e, referente à idade verificou-se o seguinte panorama:: 21,9% entre 0-12 anos, 5,8% de 13 a 17, 58,0% entre 18-59 e 14,3%  com 60 anos ou mais, sendo que a idade com maior frequência de uso foi 01 ano (5,20%).   Dentre o total de prescrições, observaram-se 22 antibacterianos, sendo que 34 apresentavam dois e em dois casos 3 antibacterianos na mesma receita e para o mesmo paciente. No total, foram prescritos 22 tipos, sendo que 34 prescrições apresentavam dois antibacterianos e, duas, apresentavam três antibacterianos na mesma receita e para o mesmo paciente. A Amoxicilina 500mg foi o medicamento mais indicado (17,6%), seguido de Ciprofloxacino 500mg (17,2%), Cefalexina 500mg (8,4%), Amoxicilina suspensão (8,2%) e Amoxicilina+Clavulanato de potássio (8,0%). Além disso, foi prescrito concomitante ao antibacteriano mais um medicamento em 23,94% das prescrições e dois ou mais em 20,01%, sendo a classe de anti-inflamatórios mais comum. Estudos como este enfatizam a importância de recomendações oficiais para uso dessa classe medicamentosa na atenção básica, evitando o seu uso inapropriado e a modificação do perfil de sensibilidade aos antimicrobianos disponíveis na comunidade, preservando assim a eficácia do arsenal terapêutico disponível para o tratamento de doenças infecciosas.

 

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Publicado

24-10-2018

Edição

Seção

Campus Passo Fundo - Projetos de Ensino