NOVO SISTEMA DE CONDUÇÃO EM FIGUEIRA cv. ROXO DE VALINHOS
Resumo
Para o cultivo da figueira (Ficus carica L.), o manejo adequado da poda contribui para a maior produtividade e maior penetração de raios solares no interior da copa. À vista disso, objetivou-se avaliar o potencial produtivo e qualitativo de frutos da figueira cultivar Roxo de Valinhos submetida a um sistema de condução ainda não praticado no cultivo comercial da cultura. O experimento foi conduzido na área experimental da UFFS, campus Chapecó. As avaliações foram realizadas no quarto ano de cultivo, ciclo produtivo de 2017/18. Adotou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado com três repetições, sendo cada repetição composta por quatro plantas. A cultivar avaliada foi a Roxo de Valinhos, plantada em espaçamento de 5,0m entre linhas e 2,0m entre plantas, (1.000 plantas ha-1). As plantas foram submetidas a três manejos de poda plantas conduzidas em Y (ípsilon) e plantas com 16 e 24 ramos produtivos, sendo que aquelas que foram conduzidas em sistema Y (tipo espaldeira), deixou-se a ramificação livre ao longo das pernadas. As variáveis analisadas foram: produtividade de frutos maduros (t ha-1), sólidos solúveis (°Brix) e número total de frutos, obtido pela soma total de frutos maduros e verdes colhidos. Os dados coletados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e, quando significativos, as médias foram comparadas entre si pelo teste Tukey a 5% de significância. De acordo com os resultados obtidos, as plantas com 2 e 16 ramos produtivos apresentaram a maior produtividade de frutos maduros (2,07 e 2,14 t ha-1, respectivamente) enquanto que as plantas com 24 ramos produtivos teve o menor valor (1,49 t ha-1). Isto sugere que o aumento do número de ramos não aumenta a produtividade da planta, pois a estrutura da copa formada pelo elevado número de ramos proporciona autossombreamento, o que compromete a formação de frutos. Quanto ao teor de sólidos solúveis, foi observado que os diferentes manejos de poda e sistema de condução não diferiram entre si e apresentaram valores médios próximos a 13 °Brix. No que tange ao número total de frutos, as plantas que foram conduzidas em Y resultaram em produção de frutos significativamente superior aos demais tratamentos (54 frutos). As plantas que foram podadas a 16 e 24 ramos produtivos apresentaram 34 e 35 frutos, respectivamente. Dessa forma, conclui-se que o sistema de condução de figueiras em Y aumenta o potencial produtivo da cultivar Roxo de Valinhos e não altera a qualidade dos frutos, apresentando-se como boa alternativa aos produtores de figueira.
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Submeto o trabalho apresentado como texto original à Comissão Editorial do XIII SEPE e concordo que os direitos autorais, a ele referente, se torne propriedade do Anais do XIII SEPE da UFFS.