REPRESENTAÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NOS CONTOS PORÉM IGUALMENTE E PARA QUE NINGUÉM A QUISESSE, DE MARINA COLASSANTI.

Resumo

A presente pesquisa pretende refletir sobre a pratica docente realizada durante o Estágio de Língua Portuguesa IIII, do Curso de Letras Português/ Espanhol - licenciatura, da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus Realeza, realizado em uma escola pública do munícipio de Bela Vista da Caroba, no sétimo ano do ensino fundamental. Levando em consideração o que os
 PCNs propõem que a formação do aluno deve ser para o exercício da cidadania, para a formação ética, para o desenvolvimento da autonomia intelectual e pensamento crítico, obtendo flexibilidade de pensamento diante do mundo atual, a temática proposta para essas aulas foi o trabalho com o gênero conto, sendo que os dois contos selecionados foram “Porém igualmente” e “Para que ninguém a quisesse”, ambos da escritora Marina Colassanti. Tanto um como o outro conto retratam e problematizam questões como o machismo, violência física e psicológica sofrida por mulheres, questões infelizmente muito presente ainda no cotidiano. Sendo que no conto “Porém Igualmente”, a questão do feminicídio se faz presente. Já no conto “Para que ninguém a quisesse”, o abuso emocional do parceiro é algo gritante, aos poucos a personagem feminina é privada de usar decotes, sapatos de salto alto, batom, ou seja uma pratica violenta silenciosa que faz com que a mulher sinta-se fraca, traumatizada e indefesa. O principal objetivo desse estágio foi o trabalho com a literatura e a reflexão, ou seja que os alunos além de ler os contos, pudessem refletir e conscientizar-se sobre questões de violência contra as mulheres. Para realização desta pesquisa o embasamento teórico se ampara nos estudos de Simone de Beauvoir(1949) e na Lei Maria da Penha ( LEI N 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006). A partir da realização desse estágio percebeu-se que o trabalho com textos literários consegue promover aprendizagens e reflexões sobre problemas sociais.