FRONTEIRAS EM MOVIMENTO:
APROPRIAÇÃO DO CONCEITO DE FRONTEIRA EM UM OLHAR SOBRE O MOVIMENTO ESTUDANTIL
Resumo
As diferentes possibilidades na leitura e compreensão no significado de um conceito, vão impactar as formas como a sociedade se relaciona com ele, afetando, por sua vez, as construções e leituras sócio-históricas sobre o mesmo e sobre suas aplicações. O conceito de fronteira é um desses, o qual, pode ser bastante amplo e passível de leituras que ultrapassam a questão territorial, ganhando usos no espaço social e simbólico. Desta forma, a discussão tem como objetivo propor a compreensão de fronteira para além do espaço físico, em especial, para além da visão como linha divisória, configurando-o então como um ambiente de aproximação e troca, onde o viés da experiência social se destaca frente a usos apenas como limitação territorial, distinção cultural, etc. Para tal, a discussão bibliográfica (ainda que breve) e a tendência a um ensaio teórico embasaram a busca em realizar esta apropriação por meio de um olhar, analítico e crítico, sobre o movimento estudantil (muito ativo no país em determinados períodos históricos, e mais tímido em outros) enquanto um espaço de socialização complexo com atravessamentos, pluralidades, diferenças e uma gama simbólica e literal de diversidades, concebendo-o assim, como uma fronteira em si. Nessa linha de reflexão, propomos o pensamento da fronteira para além da linha divisória, da demarcação da diferença (ainda que ela exista), mas como caminho de conexão, como aproximação entre diferentes espaços, ideais, ideias e pessoas e onde se promove a construção do novo, ou seja, a fronteira enquanto fenômeno social, repleto de movimentos e de dinamismo. Por fim, frisamos que a proposta não se pretende uma regra ou paradigma, mas apenas uma provocação entre possibilidades de reflexão sobre os potenciais e usos conceituais da fronteira.
Palavras-chave: Fronteira. Conceito. Movimento Estudantil. Pessoas. Socialização.
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