FALANDO DE GÊNERO E SEXUALIDADE NUMA UNIDADE DE SERVIÇOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA:
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Resumo
A unidade do Pronto Socorro é uma unidade de atendimento de urgência e emergência, com atendimentos diversificados, atendendo público jovem acima dos 13 anos, adultos e idosos independentes de Sexo ou Gênero. O objetivo deste estudo é relatar a vivência de duas acadêmicas durante o componente de Estágio Curricular Supervisionado I desenvolvido no nono período do Curso de Enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) no período do mês de Junho de 2018 no PS de uma instituição hospitalar do município de Chapecó/SC. Foi solicitada pelos profissionais de saúde uma atividade de educação em saúde sobre Gênero e Sexualidade. Para a elaboração e o desenvolvimento, foi solicitada a autorização do enfermeiro coordenador da unidade que solicitou que a mesma fosse desenvolvida durante a jornada de trabalho. O número de atendimentos e procedimentos do PS apresenta uma grande demanda por esse motivo a atividade não poderia ser realizada durante muito tempo. Então foi impresso um material ilustrativo, no qual abordava as principais dúvidas sobre identidade de gênero, orientação sexual e sexo. A metodologia escolhida foi a conversa informal, com a duração de 15 minutos, realizada em duplas ou individualmente, conforme à demanda do setor. Para atingir o público do turno vespertino e matutino, a atividade estendeu-se por dois dias, alcançando 10 técnicos de enfermagem, uma escriturária e dois recepcionistas. Os temas trabalhados foram à identidade de gênero que é a maneira como o individuo se enxerga ou se sente, o gênero no qual ele se identifica, ou seja, masculino ou feminino sem que o sexo biológico seja o determinante. A orientação sexual indica para qual lado a sexualidade esta orientada, para qual gênero ou sexo, quais são as preferências nas relações sexuais ou sentimentais. O sexo é o biológico, ou seja, é o órgão sexual, como a pessoa veio ao mundo. Na ocasião debatemos a questão do nome social e direito dos usuários. Observamos a resistência de dois funcionários, porém, a maioria dos profissionais aceitou e contribuiu para o debate desmistificando as diferenças e preconceitos em relação ao sexo. Outro aspecto visualizado foi uma notável mudança na abordagem e acolhimento aos pacientes, demonstrando mais respeito e sensibilidade à liberdade de ser.
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Submeto o trabalho apresentado como texto original à Comissão Editorial do XIII SEPE e concordo que os direitos autorais, a ele referente, se torne propriedade do Anais do XIII SEPE da UFFS.