Caracterização dos rebanhos e principais enfermidades da ovinocultura na região noroeste do Rio Grande do Sul no ano de 2018.

Resumo

Resumo: A ovinocultura sempre teve um papel importante no desenvolvimento econômico e cultural do Rio Grande do Sul. No entanto com o surgimento da crise internacional da lã na década de 90, ocorreu a desistência de inúmeros criadores reduzindo drasticamente os rebanhos, porém ainda a atividade se manteve com um rebanho expressivo no Estado. Devido à falta de informações sobre a ovinocultura na região noroeste do RS, através deste trabalho buscou-se demonstrar as principais características do rebanho, as principais enfermidades dos ovinos e os principais problemas enfrentados pelos ovinocultores, em propriedades onde se desenvolve essa atividade. Foram realizadas entrevistas com questionário semiestruturado e condizentes com a atividade, em propriedades escolhidas de forma aleatória a fim de obter dados que expressem a atual situação da atividade na região. Verificou-se que cerca de 57% das propriedades analisadas tem sistema de alimentação não confinado, e na maioria delas foi constatado condições de bem estar animal boas, porém 71% não possuem aprisco para o seu rebanho. Em relação ao rebanho, 79% das propriedades possuem menos que 40 animais e somente 14% tem mais que 61 animais, estratificados em carneiros, ovelhas, borregas e capões. A maioria das entrevistas apontaram que os ovinocultores criam seu rebanho junto com as demais espécies da propriedade. Dentre os principais problemas enfrentados pelos criadores, as enfermidades aparecem em primeiro, seguido pelo abigeato e também pelo ataque de predadores. Já as principais enfermidades apontadas são as míiases, a verminose e o foot root que aparecem com maior frequência. Com tudo, com essa análise foi possível caracterizar os rebanhos de ovinos das propriedades de agricultura familiar que desempenham a atividade nestas microrregiões, observando os principais impedimentos do desenvolvimento da produção. Demonstrando a necessidade de melhorar o conhecimento de técnicas, medidas sanitárias e de manejo para aumentar a produtividade e qualidade dos rebanhos.