DIÁLOGOS ENTRE AS NARRATIVAS MITOLÓGICAS E O GÊNERO FEMININO
a força eterna da mulher selvagem
Resumo
A presente pesquisa analisa as narrativas mitológicas as quais estão presentes nas mais diversas épocas e em todas as sociedades, tornando-se referência sob as mais diversas formas, e revelando-se como fontes múltiplas de valores e significados. A palavra mito (mytos) vem do grego, seguindo uma ideia inicial de que se criaram os mitos por uma espécie de necessidade religiosa. Segundo Nelly Novaes Coelho, “mitos nascem na esfera do sagrado” e foram criados para explicar a origem do mundo e das coisas, situações simples do cotidiano. Dessa forma, o mito era uma ferramenta que proporcionava conforto ao povo, em relação à curiosidade sobre o desconhecido, à origem do mundo e das coisas. Sendo assim, verificou-se a necessidade de aprofundar os estudos referentes às narrativas mitológicas e o gênero feminino. Assim, este trabalho apresenta uma análise de três narrativas mitológicas, que se encontram no livro Princesas Guerreiras, da escritora Janaina Tokitaka: “A Imperatriz Jingu e as contas de Jade”, “A vida Selvagem de Ártemis” e “A fuga de Yennenga”, personagens que pertencem a civilizações distintas Japão Grécia e África respectivamente, mas que podem ser delineadas como arquétipos de elementos da figura da “Mulher Selvagem”. Esta análise baseia-se principalmente nas autoras: Clarissa Pinkola Estés e Simone de Beauvoir, ambas das áreas em estudos sobre o feminismo e o feminino, e Nelly Novaes Coelho, autora da área da literatura infantil. Este estudo estabeleceu uma conexão entre o empoderamento feminino (que se firmou nas últimas décadas) e a evocação de narrativas ancestrais em que tal questão já se fazia presente.
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