AS FRONTEIRAS ÉTNICAS NO PERÍODO DA COLONIZAÇÃO DO OESTE CATARINENSE (1917-1950)

Autores

  • Daniel Dalla Zen UFFS/SC

Resumo

Resumo: O presente trabalho foi elaborado na disciplina de Dinâmicas espaços temporais: a fronteira como diálogo, ofertada no curso de mestrado em história da Universidade Federal da Fronteira Sul/SC. Como requisito avaliativo os alunos foram solicitados que elaborassem uma produção final relacionando as noções de tempo e espaço por meio da fronteira, e que essa possui-se uma ligação com o seu tema de pesquisa. A partir disso, escolhi trabalhar sobre as fronteiras étnicas do Oeste Catarinense do período da colonização, em razão de estar pesquisando as representações da colonização de Chapecó/SC por meio dos patrimônios públicos, tendo como recorte os patrimônios em suportes artísticos: murais e monumentos, construídos pela prefeitura e inaugurados em aniversários da cidade como parte das festividades, problematizando a sua carga política e simbólica. Portanto, busquei investigar no trabalho para disciplina as fronteiras entre os grupos étnicos, ou seja, de que forma a colonização modificou e implicou no modo de vida de indígenas e caboclos que povoam a região antes da colonização por empresas colonizadoras e os processos de encontros e desencontros com a chegada dos colonos, migrantes do Rio Grande do Sul de ascendência europeia. Também abordei como o território do Oeste de Santa Catarina era representado por uma narrativa oficial, chamado de “sertão” ou “puro mato”, contrapondo esse argumento com o modo como os indígenas e caboclos posseiros se apropriavam e utilizavam da terra. Por fim, retomo alguns pontos enfatizando as diferentes interpretações da colonização pelos grupos étnicos e o reconhecimento de sua cultura e memória como um elemento da identidade e autoafirmação no presente.

Publicado

21-11-2018

Edição

Seção

Campus Chapecó - Projetos de Pesquisa