Produção Textual no anos iniciais do Ensino Fundamental

Autores

  • Tainá Deffaci Corassa Universidade Federal da Fronteira Sul-Campus Erechim
  • Alice Maria Franchini Universidade Federal da Fronteira Sul-Campus Erechim
  • Rafaela Moroni Universidade Federal da Fronteira Sul-Campus Erechim

Resumo

Resumo: Participar da vida escolar, aprendendo a ler e a escrever, é um direito de todos os cidadãos brasileiros. Refletir sobre como as práticas de escrita são realizadas na escola tem grande valia para a formação de pessoas com pensamentos críticos em relação à educação brasileira. Nossa pesquisa situa-se na área da Produção Textual, discutindo as etapas de elaboração, os métodos, os tipos de textos utilizados, a correção, a reescrita, bem como a autonomia e o papel social desenvolvido pelo texto na direção do aluno escritor. Este trabalho resulta de uma pesquisa de campo com professores de 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental de escolas públicas da região do Alto Uruguai gaúcho que teve como objetivo compreender como são realizadas as atividades de escrita de textos em salas de aula. O referencial teórico da pesquisa está embasado em Antunes (2003), Possenti (1996), Geraldi (2006) e pelo documento orientador do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (2012). Os resultados da pesquisa apontaram que os métodos de ensino utilizados são variados, destacando-se propostas mais progressistas do que tradicionais nos relatos das professoras. Quanto ao uso de materiais de incentivo à escrita, a maioria das professoras afirma trazer para a sala de aula textos como fábulas, receitas, bulas de remédio, história em quadrinhos, lendas, entre outros. Sobre a correção dos textos em sala de aula, somente três professoras apontaram a importância de se fazer a leitura dos mesmos de forma coletiva e a necessidade do uso diário de dicionários. Outro ponto positivo é que, das nove professoras participantes da pesquisa, oito delas disseram não avaliar com notas as produções textuais, pois isso inibe a escrita das crianças. Diante disso, conclui-se que os profissionais da educação, de alguma maneira, estão tentando mudar sua forma de trabalhar a produção textual em sala de aula, deixando de lado uma prática de escrita sem função e sem leitor.

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Publicado

21-09-2018

Edição

Seção

Campus Erechim - Projetos de Ensino