MACROFAUNA EDÁFICA EM ÁREA DE EUCALIPTO (Eucalyptus spp.) NA REGIÃO CENTRO-SUL DO PARANÁ, BR
Resumo
O solo é a base para a vida de inúmeros organismos, sendo a fauna edáfica indispensável para a agropecuária dado a inúmeras funções que exerce para o correto funcionamento do ecossistema, sendo assim é importante fornecer um habitat favorável a macrofauna benéfica, para essa permitir o equilíbrio biológico. Todavia, o favorecimento da fauna é totalmente dependente dos manejos envolvidos no ecossistema, estando diretamente relacionado com a ação antrópica. Este trabalho teve por objetivo estudar, identificar e quantificar a biodiversidade da macrofauna edáfica do solo em monocultivo de eucalipto na região centro-sul do Paraná, na área experimental da Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Laranjeiras do Sul – Paraná, Brasil. Foram utilizadas armadilhas de queda do tipo Provid para coleta de invertebrados que caminham pela superfície do solo e realizada a coleta do monólito de solo (TSBF), para analisar a macrofauna presente no perfil do solo. A área total para amostragem possuía 1225 m2, na qual foram distribuídos quatro pontos aleatórios de 25 m², cada um contendo quatro armadilhas de queda, distanciadas a 5 m cada nas extremidades, dispostas a campo por 7 dias e uma coleta de monólito de solo no centro de cada ponto (0,25x0,25 m) em três profundidades (serapilheira, 0-10 cm e 10-20 cm), no último dia de análise. Foi aferida a temperatura de cada camada de solo (serapilheira, 0-10 cm, 10-20 cm) com o auxílio do termômetro a laser. Realizou-se também a análise da diversidade de espécies encontradas com o índice de Shannon, a partir da equação: . Essas analises foram realizadas no mês de maio de 2017. O material coletado foi levado ao laboratório, para identificação dos grupos taxonômicos presentes. Foram encontrados 12 grupos taxonômicos pertencentes a macrofauna, com destaque para Coleoptera, Mollusca e Formicidae nas armadilhas de queda. Com relação ao perfil de solo, na serapilheira encontraram-se 9 grupos, destacando Coleoptera, Araneae e Formicidae; na profundidade de 0-10 cm encontraram-se 9 grupos taxonômicos e esse número reduziu-se para 5 grupos na profundidade de 10-20 cm, com destaque para Isoptera nas duas profundidades. Também se observou um número reduzido de Oligoqueta em todo o perfil analisado do solo. A temperatura aferida na área situa-se dentro da faixa ideal para o desenvolvimento dos insetos em geral (17,90ºC-19,85ºC) sendo assim a existência ou não dos mesmos na área, pode não ter sido influenciada por temperaturas desfavoráveis, mas sim pela ação antrópica na área e/ou efeitos alelopáticos. Os índices de diversidade obtidos foram H’=1,78; 1,88; 1,63 e 0,65 para os insetos que caminham sobre o solo na área de análise, serapilheira, profundidade 0-10 cm e 10-20 cm, respectivamente. Esse índice demostra que ouve diminuição da quantidade/diversidade/equilíbrio da macrofauna edáfica com aumento da profundidade.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Submeto o trabalho apresentado como texto original à Comissão Editorial do XIII SEPE e concordo que os direitos autorais, a ele referente, se torne propriedade do Anais do XIII SEPE da UFFS.