SEGUNDAS PROFESSORAS E A SOCIALIZAÇÃO EM SALA DE AULA
EXPERIÊNCIAS EM UM COLÉGIO DE CHAPECÓ/SC
Resumo
A escola além de ser uma importante via de acesso a conhecimentos também é onde o individuo vai ter acesso a uma série de significados sócio culturais específicos. A escola como um espaço social está a mercê das mais diversas relações sociais, sejam de amizade, coleguismo ou ainda de exclusão. A participação escolar garantida a todos proporciona a efetiva inclusão social na comunidade em que cada sujeito está inserido, assim como a sociabilização que ocorre no espaço escolar é fundamental para a construção da identidade de cada um. Porém, no caso das pessoas com deficiência, é essencial compreender seu desenrolar histórico no Brasil, visto que a educação dessa minoria social por muito tempo ocorreu em paralelo ao sistema geral de educação em instituições educacionais ou salas de aulas segregadas. As políticas públicas brasileiras voltadas para a inclusão das pessoas com deficiência tiveram inicio apenas no final do séc. XX, após a Constituição Federal de 1988 e a Declaração de Salamanca em 1994. É nesse cenário que a pesquisa aqui relatada aconteceu, em turmas do ensino médio, no ensino básico de Santa Catarina, que atende a premissa das políticas publicas voltadas a educação inclusiva. Política essa que legaliza a presença obrigatória e gratuita de uma segunda professora em todas as turmas do Estado que tenham matriculados alunos com necessidades especiais educacionais. Assim, as salas de aulas observadas fundamentalmente possuem alunos com deficiência e também contam com a presença de segundas professoras. Aqui trago três relatos etnográficos, obtidos através de uma observação participante em diferentes turmas que, por mais que atendam as mesmas leis, num mesmo bairro e mesmo colégio, com adolescentes de uma faixa etária entre 15 e 19 anos, mas possuem características de sociabilização tão diferentes entre eles, e isso ocorre como consequência da postura da segunda professora em relação ao desenvolvimento dos estudantes com deficiência. No papel fundamental da construção de escolas inclusivas, propícia à sociabilização de seus membros, está o educador, que independentemente de sua formação, deve estar preparado para formular metodologias que, ao respeitarem as possibilidades de cada aluno, valorizam o que cada um pode produzir para compor o trabalho coletivo.
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