TERMALISMO E CRENOTERAPIA DISCUTIDOS EM RODA DE CONVERSA
RELATO DE EXPERIÊNCIA
Resumo
A utilização de racionalidades médicas e práticas terapêuticas distintas da alopatia tem ganhado espaço há alguns anos. Um dos destaques dessa conquista foi a publicação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) em 2006 que reconhece diversas práticas, como a medicina tradicional chinesa, fitoterapia, reiki, yoga, homeopatia, termalismo, meditação, entre outras. Este trabalho é o relato de uma das atividades desenvolvidas no componente curricular “Racionalidades Médicas e Práticas Integrativas e Complementares”, ofertado como optativo no primeiro semestre do ano de 2018. A experiência refere-se a uma roda de conversa sobre as temáticas de Termalismo e Crenoterapia. Cada aluno deveria fazer uma leitura prévia a partir de material disponibilizado na plataforma moodle, que subsidiou a discussão. O uso de águas termais para tratamentos de saúde é comum desde a Grécia Antiga e foi descrito pela primeira vez por Heródoto, em 450 a.C. No Brasil, tal prática foi introduzida a partir da colonização portuguesa e perdurou por séculos, chegando a compor disciplina regular dos cursos de medicina de instituições como a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O termo termalismo se refere ao uso de águas termais de forma terapêutica, podendo ser utilizada na forma de banhos de imersão (total ou parcial), duchas, ingestão, saunas, vaporização, dentre outras. Recentemente, a medicina termal passou a adotar uma abordagem coletiva para o uso de águas termais na prevenção de doenças e promoção e recuperação da saúde, de onde surgiram novas terminologias, tais como o turismo saúde e o termalismo social. O estado de Santa Catarina se destaca na quantidade de fontes termais (cerca de treze), sendo que pelo menos oito delas se localizam na região Oeste do estado. De maneira semelhante, a crenoterapia compreende a prática na qual se utiliza de águas minerais com finalidade terapêutica. Essas podem ser classificadas, de acordo com a sua composição, como: sulfurosas, bicarbonatadas, ferruginosas, sulfatadas, cloradas, carbogasosas, radioativas, entre outras. Da mesma forma, sua ingestão pode ser indicada para os mais diversos problemas de saúde: distúrbios gastrointestinais, renais, pulmonares, cardiovasculares, do fígado, dentre outros. Ao final da atividade, pôde-se observar que os estudantes tiveram a oportunidade de se apropriar de um tema pouco discutido dentro do currículo regular e que cada vez mais tem emergido no âmbito das políticas públicas e coletivas em saúde, contribuindo assim para sua formação que busca priorizar as necessidades da população.
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