CRESCIMENTO E FLORESCIMENTO DE Tagetes patula SOB DOSES DE BIOESTIMULANTE
Resumo
O Tagetes patula, popularmente conhecido como cravo-de-defunto, é uma planta herbácea anual muito utilizada como planta ornamental; além disso tem elevada importância econômica e comercial, devido suas características medicinais e farmacêuticas; é considerada uma planta muito importante para sistemas de rotação de culturas, especialmente em cultivos orgânicos ou agroeológicos, por apresentar metabólitos que podem auxiliar no controle de nematóides e insetos. O crescimento e a indução do florescimento são processos fisiológicos que podem ser afetados em função do ambiente de cultivo. Visando maior uniformidade na produção de flores (característica demanandada pelo mercado consumidor), pode-se utilizar reguladores de crescimento para manipular as taxas de crescimento de plantas em ambientes protegidos. Contudo, poucos estudos, até o presente momento, foram realizados com produtos biológicos, que são permitidos para uso em sistemas orgânicos. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento e florescimento de Tagetes patula com diferentes doses de bioestimulante a base da alga Ascophyllum nodosum (produto biológico-certificado para uso em agricultura orgânica). O experimento foi realizado de março a julho de 2018, na área didática experimental da UFFS campus Chapecó, em delineamento de blocos ao acaso, com cinco repetições; os tratamentos foram as doses de: 0 (somente água), 0,4, 0,7 e 1,0 ml de bioestimulante por 100 ml de água. Utilizaram-se sementes de Tagetes patula cultivar Anã, as quais foram distribuídas em bandejas de poliestireno expandido, com 72 células, para a produção de mudas; utilizou-se substrato comercial nesta etapa. Após seis semanas, as mudas foram transplantadas para vasos, de 1,5 litro de capacidade, preenchidos com substrato. No dia do transplante e após 28 dias foram realizadas as aplicações de bioestimulantes nas plantas. As avaliações foram realizadas 28 dias após cada aplicação, analisando-se: altura de parte aérea de plantas, número de flores e ao final do experimento o comprimento de raízes de plantas. Os dados obtidos foram submetidos a análise de variância e quando o teste F foi significativo, procedeu-se a análise de regressão. Observou-se efeito das doses em relação a altura da parte área de planta, na primeira avaliação, aos 28 dias após o transplante, com efeito linear decrescente com aumento das doses; porém, aos 56 dias após o transplante, não houve diferença entre os tratamentos, assim com para o número de flores e o comprimento de raízes de plantas. Conclui-se que as doses utilizadas de Ascophyllum nodosum, nas condições dessa pesquisa, não propriciam incremento no crescimento e florescimento de Tagetes patula.
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Submeto o trabalho apresentado como texto original à Comissão Editorial do XIII SEPE e concordo que os direitos autorais, a ele referente, se torne propriedade do Anais do XIII SEPE da UFFS.