VIVENCIANDO EXPERIÊNCIAS COM A EDUCAÇÃO ESPECIAL
ANÁLISE DA AUTONOMIA DOS ESTUDANTES ATRAVÉS DE PRÁTICAS EDUCATIVAS
Resumo
A autonomia do sujeito necessita ser estimulada desde sua tenra infância objetivando o desenvolvimento da função executiva, caso não tenha tal estímulo, esse terá dificuldade na aquisição de habilidades cognitivas necessárias para controlar ações quando adulto. Nessa perspectiva, realizamos o Estágio Curricular Supervisionado II: educação não formal em uma escola de educação especial mantida pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais e da Escola Especial-
APAE, localizada em uma cidade da região noroeste do estado do Rio Grande do Sul, com uma turma de estudantes da Educação de Jovens e Adultos. A escolha por este ambiente foi vinculada a nossa necessidade de compreensão sobre as limitações impostas pela sociedade aos indivíduos com Necessidades Educativas Especiais (NEE), o que resulta na falta de independência dos mesmos. No decorrer do estágio, as atividades foram norteadas pelo tema “Alimentação Saudável e Educação Ambiental”, através dele, realizamos atividades dinâmicas, visando à participação ativa dos envolvidos. Dentre essas destacamos a confecção de um bolo e de um suco em versão denominada saudável, a montagem de uma refeição nutritiva e equilibrada com massa de modelar caseira, a discussão e demonstração sobre a tabela de informação nutricional de alguns alimentos e o cultivo e manejo de uma horta orgânica. Essas práticas, no que tange ao desenvolvimento da autonomia, tinham por objetivo, respectivamente, estimular a participação dos indivíduos na preparação dos lanches consumidos, fornecer instruções para a montagem adequada da sua refeição, construir conhecimento acerca dos alimentos industrializados, possibilitando aos estudantes autonomia de escolha, fornecer instruções sobre o cultivo e manejo de mudas para o consumo próprio, unindo a comodidade à economia. Com a constante participação dos envolvidos e reformulando as didáticas sempre que necessário, a fim de se adequar às potencialidades dos estudantes, conseguimos averiguar que uma parte dos discentes da turma possui autonomia referente a necessidades do dia a dia, entretanto, outra parte possui dependência desde a comunicação escrita até o ato de se vestir ou amarrar os cadarços. Compreendemos que há casos em que essas ações se tornam impossíveis, porém, estamos nos referindo à realidade de Portadores de NEE que possuem amplas condições de desenvolver essa autonomia. Diante disso, apontamos a necessidade de desviar o olhar dasdeficiências para ressaltar o potencial de cada indivíduo portador de NEE, entendemos que somente assim ele terá condições de viver de forma autônoma na sociedade, cumprindo com seus deveres e usufruindo dos seus direitos.
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