ARTE MARCIAL, CORPO E CUIDADO DE SI: (RE) SIGNIFICAÇÕES NA PRÁTICA DA CAPOEIRA

  • Alexsandra Aline Potulski Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Realeza-PR
  • Eduardo Nunes Jacondino, co-autor Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)

Resumo

O artigo apresenta reflexões e análises envolvendo o tema da prática da capoeira: de repressão à símbolo imaterial da cultura brasileira. A sobrevivência da capoeira configurou-se, histórica e socialmente, como forma de resistência às normatividades advindas da sociedade brasileira e das violências perpetradas contra o povo negro.  A partir de leituras realizadas e do conhecimento empírico acumulado, buscou-se responder a seguinte questão: Como a prática da capoeira pode contribuir para a formação do sujeito-ético? Com o propósito de encontrar respostas a essa problematização, utilizamos a metodologia estudo de caso com a realização de entrevista, adotando uma perspectiva pós-estruturalista.  Dessa forma, entrevistamos um mestre de capoeira do Grupo Muzenza, de Francisco Beltrão, de modo a identificarmos em seu discurso quais as contribuições da capoeira para a formação do sujeito. Sob sua argumentação, buscamos relacionar a importância da prática da arte marcial para os alunos, especialmente para os alunos da escola em tempo integral. Sustentamos a pesquisa nos pressupostos teóricos de Michel Foucault, abordando temas como corpo, instituições sociais, e enfaticamente a sua terceira fase, denominada ética, em que abordamos os conceitos de cuidado de si e tecnologias do eu. Como resultado desse processo inicial de investigação, percebemos que a capoeira (re)significou as práticas individuais do sujeito-capoeira, contribuindo para a formação do sujeito-ético. Ainda, revelou a educação em outras bases, que não apenas curriculares, tradicionais, advinda, por exemplo, das artes marciais como a capoeira, que desempenha um importante papel na formação integral dos sujeitos escolares.  Evidenciou-se, também, a importância do mestre (professor) e da relação que se estabelece entre este e os alunos na formação do sujeito.  O artigo apresenta reflexões e análises envolvendo o tema da prática da capoeira: de repressão à símbolo imaterial da cultura brasileira. A sobrevivência da capoeira configurou-se, histórica e socialmente, como forma de resistência às normatividades advindas da sociedade brasileira e das violências perpetradas contra o povo negro.  A partir de leituras realizadas e do conhecimento empírico acumulado, buscou-se responder a seguinte questão: Como a prática da capoeira pode contribuir para a formação do sujeito-ético? Com o propósito de encontrar respostas a essa problematização, utilizamos a metodologia estudo de caso com a realização de entrevista, adotando uma perspectiva pós-estruturalista.  Dessa forma, entrevistamos um mestre de capoeira do Grupo Muzenza, de Francisco Beltrão, de modo a identificarmos em seu discurso quais as contribuições da capoeira para a formação do sujeito. Sob sua argumentação, buscamos relacionar a importância da prática da arte marcial para os alunos, especialmente para os alunos da escola em tempo integral. Sustentamos a pesquisa nos pressupostos teóricos de Michel Foucault, abordando temas como corpo, instituições sociais, e enfaticamente a sua terceira fase, denominada ética, em que abordamos os conceitos de cuidado de si e tecnologias do eu. Como resultado desse processo inicial de investigação, percebemos que a capoeira (re)significou as práticas individuais do sujeito-capoeira, contribuindo para a formação do sujeito-ético. Ainda, revelou a educação em outras bases, que não apenas curriculares, tradicionais, advinda, por exemplo, das artes marciais como a capoeira, que desempenha um importante papel na formação integral dos sujeitos escolares.  Evidenciou-se, também, a importância do mestre (professor) e da relação que se estabelece entre este e os alunos na formação do sujeito.  

Biografia do Autor

Alexsandra Aline Potulski, Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Realeza-PR
Acadêmica da 9ª fase do Curso de Letras Português e Espanhol da Universidade Federal da Fronteira Sul Campus - Realeza. Bolsista do projeto do curso de formação do programa Escola Intercultural da Fronteira - Construção Criativa Coletiva - PROPEIF.
Eduardo Nunes Jacondino, co-autor, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)

Graduação em ciências sociais;

Mestrado em educação; 

Doutorado em sociologia;

Professor titular, dedicação exclusiva da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)

Publicado
21-11-2018
Seção
Campus Realeza - Projetos de Extensão e Cultura