A atuação do Pedagogo em espaços de privação de liberdade
Palavras-chave:
Pedagogia. Processos educativos. Espaços não-escolaresResumo
Este trabalho está vinculado ao componente curricular “Processos educativos em espaços não-escolares”, oferecido pelo curso de licenciatura em Pedagogia, da Universidade Federal da Fronteira Sul, do campus de Chapecó(SC). Tratou-se de uma pesquisa de campo, com abordagem qualitativa. Os objetivos foram: problematizar a questão da educação nos espaços de privação de liberdade, compreender a atuação do pedagogo nesses espaços, bem como perceber de que forma estes profissionais colaboram para o processo de ressocialização dos sujeitos. Na primeira fase da pesquisa realizamos buscas de artigos que evidenciam a atuação do pedagogo nesses espaços. Em seguida, fomos a campo para conhecer uma unidade prisional e sua equipe profissional, na região do Oeste de Santa Catarina. Por fim, concluímos que é preciso uma maior aproximação da universidade junto a espaços de privação de liberdade para ampliarmos nossas percepções sobre esse campo de atuação do pedagogo e sobre as suas possíveis práticas. Não se pode negar, que para além do professor, o profissional que o curso de pedagogia forma é o pedagogo e que esse pode exercer o seu papel independente dos espaços que lhes são apresentados. Porém, é evidente que existe uma crise de identidade quando o pedagogo sai do ambiente escolar para exercer sua profissão em diferenciados espaços. Isso se agrava, quando se trata de espaços de privação de liberdade. Ser pedagogo(a) em uma prisão não se trata de trazer a escola para dentro do cárcere, mas adentrar e explorar diferenciadas propostas educativas para a ressocialização dos sujeitos, a não-reprodução da exclusão e da marginalização. Além disso, verificamos a necessidade de mais atenção na formação inicial e continuada dos pedagogos para esses espaços, já que exigem olhares diferenciados, metodologias e conhecimentos específicos. É fato que a pedagogia não será a redentora e não irá resolver todos os problemas dos espaços prisionais, mas em conjunto com outros profissionais e numa mesma perspectiva não-discriminatória poderá obter resultados significativos rumo a ressocialização dos sujeitos.
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