ATIVIDADE BIOLÓGICA DE Kalanchoe daigremontiana SOBRE Colletotrichum musae
Resumo
A planta Kalanchoe daigremontiana (sinonímia: Bryophyllum daigremontiana) é conhecida por diversos nomes comuns, entre eles aranto ou fortuna. É uma planta exótica mas de fácil crescimento e propagação. É considerada tóxica para animais mas tem sido estudada por possíveis efeitos medicinais na saúde humana. No entanto, pouco se sabe sobre potenciais efeitos sobre fungos fitopatogênicos. Esse trabalho teve por objetivo avaliar o efeito do extrato bruto aquoso de K. daigremontiana sobre o fungo Colletotrichum musae, agente causal de antracnose em banana. Para obtenção do extrato aquoso, folhas frescas de aranto foram trituradas em liquidificador na proporção 15 g de folhas em 100 mL de água destilada, para obtenção de extrato a 15%. O material foi triturado por 1 min e em seguida filtrado em gaze e papel de filtro para utilização nos bioensaios. Os bioensaios foram realizados no Laboratório de Fitopatologia da UFFS, campus Laranjeiras do Sul-PR. Foi realizado um bioensaio para avaliar o efeito do extrato aquoso sobre a germinação de esporos e o tamanho de tubos germinativos, onde células de placa de Elisa receberam 35 microlitros das concentrações do extrato e 35 microlitros de suspensão de esporos do fungo, obtidos de colônias com sete dias de cultivo. Após 20 horas a germinação foi paralisada com 10 microlitros de azul algodão de lactofenol e em seguida realizada a determinação da germinação e do tamanho dos tubos germinativos. Em um segundo bioensaio os tratamentos foram incorporados em meio de cultura BDA e, após autoclavagem, foram vertidos em placas de Petri. Após esfriar o meio de cultura, cada placa de Petri recebeu um disco de 5 cm de diâmetro do fungo. A avaliação do crescimento micelial foi realizada após quatro dias pela medição do diâmetro das colônias. Utilizou-se delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições. O extrato aquoso não afetou o crescimento micelial de C. musae. O extrato estimulou a germinação e o tamanho dos tubos germinativos do fungo em 14,9 e 134%, respectivamente, em relação testemunha contendo apenas água destilada. Os resultados indicam ausência de efeito antifúngico de K. daigremontiana sobre C. musae.
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Submeto o trabalho apresentado como texto original à Comissão Editorial do XIII SEPE e concordo que os direitos autorais, a ele referente, se torne propriedade do Anais do XIII SEPE da UFFS.