CONHECENDO A REALIDADE DA CASA DE PASSAGEM: UM OLHAR A PARTIR DO VE-SUS OESTE CATARINENSE

Resumo

O projeto Vivências e Estágios na Realidade do Sistema Único de Saúde (VER-SUS/Brasil) surge com a intenção de estimular trabalhadores para o SUS, comprometidos eticamente com suas diretrizes e princípios. Este trabalho, portanto, trata-se de um relato de experiência da 5ª edição do projeto VER-SUS Oeste Catarinense marcada pelo tema central intitulado “Política, Cidadania e Cultura: Respeito às diversidades” e contou com cerca de 80 estudantes de diferentes áreas do conhecimento, dos três estados sul brasileiro. Como facilitador, trabalhando com o tema da Saúde Indígena com um grupo multiprofissional, contemplando os cursos de Odontologia, Enfermagem, Biomedicina, Psicologia, Medicina e Fonoaudiologia na qual, mostra-se como um desafio, combinado com a responsabilidade de liderar o grupo, pois o facilitador tem a responsabilidade de gerar reflexões e unir a pluralidade de opiniões. O presente trabalho relata uma das vivências realizada na Casa de Passagem João Piltz, em Chapecó-SC. Esta instituição teve sua fundação pela Ação Social Diocesana (ASDI), entidade que pertence à igreja católica da região. Também conta com convênios da prefeitura da cidade, bem como das cidades vizinhas. A Casa de Passagem também é conhecida como “Albergue de Chapecó”, nome que mudou após a unidade se adequar à Política Nacional de Assistência Social. Ela tem função de acolhimento imediato e emergencial para pessoas que necessitam de abrigo ou alimentação, atendendo e fornecendo hospedagem para moradores de rua, imigrantes, indígenas e pacientes em tratamentos de saúde (principalmente tratamento oncológico) de outras cidades. Os atendimentos não se limitam apenas no fornecimento de hospedagem, há também profissionais nas áreas de psicologia e enfermagem, que atendem aqueles que necessitam de auxílio, também conta com uma profissional da assistência social. É importante salientar que a instituição se articula com o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) que visam garantir a integralidade da atenção. Esta visita foi muito importante para que o grupo pudesse desconstruir a ideia de “caridade” da instituição e compreender que o direito à moradia e alimentação é de todos, isso justifica uma reivindicação maior por parte dos governos, fazendo com que haja um maior incentivo e investimento. Além disso, foi possível perceber a importância da articulação entre várias instituições da área da saúde e assistência social e do trabalho multidisciplinar para a promoção de saúde com qualidade.