ESTUDO ETNOGRÁFICO SOBRE PROJETO DE VIDA ENTRE ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO EM UMA ESCOLA PÚBLICA EM CHAPECÓ-SC
Palavras-chave:
Projeto de vida. Etnografia. Jovens e juventudes.Resumo
Esta comunicação apresenta os resultados de um estudo sobre projeto de vida, realizado entre estudantes do Ensino Médio em uma escola estadual do município de Chapecó-SC, no período de agosto de 2016 a fevereiro de 2017. As informações analisadas foram obtidas através do método etnográfico, que incluiu observação participante, escrita de diário de campo, realização de entrevistas e inserção em um grupo específico de estudantes. O período de conclusão da fase escolar é bastante crítico para muitos estudantes, marcado por transições incertas para outras fases e inserções em novas relações sociais. É possível compreender alguns aspectos das experiências de vida dos jovens nesse momento através da noção de projeto de vida, desenvolvida por Gilberto Velho (2003), que entende a noção de projeto como a conduta organizada para atingir finalidades específicas, tornando-se uma antecipação da futura trajetória e biografia do sujeito, e que se modifica a partir do campo de possibilidades, na qual o sujeito negocia a realidade com outros projetos e trajetórias individuais. Desta forma, o presente trabalho consiste em levantar e debater algumas questões sobre o universo analisado, sendo esse um exemplo singular para compreendermos alguns conflitos, tensões, incertezas e formas de sociabilidade entre jovens em um período de transição. O estudo faz parte da minha experiência de Iniciação Científica junto ao projeto “Modos autônomos de identificação juvenil no Oeste Catarinense: uma abordagem antropológica e etnográfica”, do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)/ Campus Chapecó, coordenado pelo professor Dr Ivan Paolo de Paris Fontanari, financiado pela FAPESC, e no qual sou voluntário.
Referências
ANGROSINO, Michel. Escolhendo um campo de pesquisa. In: etnografia e observação participante. Porto Alegre: Artmed, 2009, p.45-52.
BARNES, John. Redes sociais e processo político. In: FELDMAN-BIANCO, Bela (Org.) Antropologia das sociedades contemporâneas – métodos. São Paulo; Global Universitária, 1987, p. 159-194.
BECKER, Howerd. Problemas de inferência e prova na observação participante. In: Métodos de pesquisa em Ciências Sociais. São Paulo: Hucitec, 1992, p.4-64.
BOURDIEU, Pierre. Ofício de sociólogo: metodologia da pesquisa na sociologia. Petrópolis: Vozes , 2004.
DAMATTA, Roberto. Carnavais, malandros e heróis. Rio de Janeiro: Zahar, 1986.
DA MATTA, Roberto. O ofício de etnólogo, ou como ter anthropological blues. In: NUNES, Edson Nunes de Oliveira (Org.). A aventura sociológica: objetividade, paixão, improviso e método na pesquisa social. Rio de Janeiro: Zahar, 1978, p.23-35.
DE LUCCA G., Projeto e Metamorfose: Contribuições de Gilberto Velho para os Estudos sobre Carreiras. RAC, Rio de janeiro, v.20, n.4, art. 4, PP.458-476, Jul./Ago.2016
MAUSS, Marcel. Antropologia e Sociologia. São Paulo. Cosac & Naify, 2003.
MEAD, Margareth. Sexo e temperamento em três sociedades primitivas. São Paulo: Perspectiva, 2009.
PEIRANO, Mariza. A favor da etnografia. In: A favor da etnografia. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1995. p.31-58.
QUEIROZ, Maria Isaura Pereira de. O pesquisador, o problema de pesquisa, a escolha de técnicas: algumas questões. Textos 3,2ª Série, 1992, p. 13-29.
VELHO, Giilberto. Projeto e metamorfose: antropologia das sociedades complexas / Gilberto Velho. – 3.ed.- Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2003.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Submeto o trabalho apresentado como texto original à Comissão Editorial do XIII SEPE e concordo que os direitos autorais, a ele referente, se torne propriedade do Anais do XIII SEPE da UFFS.