CARACTERIZAÇÃO DE UMA AMOSTRA DE ADULTOS E IDOSOS ACOMPANHADOS POR UMA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA

Autores

  • Manoela Farias Alves Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS, Campus Passo Fundo-RS.
  • Luciano Ferreira Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS, Campus Passo Fundo-RS.
  • Eliseu Siles Barduco Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS, Campus Passo Fundo-RS.
  • Ivana Loraine Lindemann Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS, Campus Passo Fundo-RS.
  • Rúben Walter Brañas Coelho Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS, Campus Passo Fundo-RS.

Palavras-chave:

Atenção Básica, Saúde da Família, Características da População.

Resumo

A criação do Sistema Único de Saúde (SUS) na década de 90 gerou, progressivamente, uma nova forma de organização dos serviços de saúde, migrando o foco do modelo de atendimento predominantemente hospitalar na direção da atenção básica, sendo a implantação do Programa de Saúde da Família, a partir de 1994, um dos grandes marcos. Nesse modelo de organização do serviço, cada Equipe de Saúde da Família (ESF) é levada a conhecer mais profundamente as famílias adscritas, criando um vínculo maior e possibilitando a identificação das demandas gerais e específicas da comunidade, o atendimento dos problemas de forma mais precoce e priorizando ações de proteção e promoção de saúde. O estudo foi realizado no município de Barra Funda (RS), com população estimada de 2.507 habitantes, cujo sistema público de saúde conta com uma ESF, composta por médico, enfermeiro, técnicos de enfermagem e, em cada uma das seis microáreas, uma agente comunitária de saúde (ACS). Trata-se de estudo observacional, do tipo transversal descritivo, realizado com adultos e idosos acompanhados pela ESF, com o objetivo de descrever seu perfil. A coleta de dados sociodemográficos, de saúde e de hábitos de vida foi realizada de março a outubro de 2016, por meio da aplicação de questionário pelas ACS nas visitas domiciliares, sendo a amostra selecionada por conveniência. O processamento e a análise dos dados compreenderam dupla digitação e distribuição de frequências absolutas e relativas. A amostra foi constituída de 540 participantes, tendo predominância de adultos (63,1%), sexo feminino (60,4%), cor branca (91,8%), escolaridade entre 05 e 08 anos (38%), ocupação na agricultura (55%) e residência rural (72,2%). Dentre os participantes, 51,7% apresentavam excesso de peso e 66,5% risco aumentado para doença cardiovascular. Sobre diagnósticos médicos referidos: 5,4% citaram diabetes mellitus, 32% hipertensão arterial e 10% cardiopatias. Em relação aos hábitos de vida, a maioria era sedentária (83,9%), não tabagista (90,4%) e não consumia bebida alcoólica (57,2%). Os achados da amostra, com predomínio de adultos, brancos e do sexo feminino, não diferem de outros estudos. Já o sedentarismo apresenta-se acima da média nacional (62,1%), enquanto o número de não tabagistas e de não etilistas é próximo da média. Conclui-se que, apesar de o tema ser simples, os dados sobre o perfil dos usuários acompanhados pelas ESF, principalmente o perfil sociodemográfico, são escassos na literatura, carecendo, portanto, de pesquisas, pois, os resultados podem ser úteis ao planejamento e à avaliação das atividades das ESF.

 

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Publicado

30-11-2017

Edição

Seção

Campus Passo Fundo - Projetos de Pesquisa