PLANTAS DE ADUBAÇÃO VERDE NO CONTROLE DE Sclerotinia sclerotiorum
Palavras-chave:
Mofo branco. Manejo ecológico de doenças. Extratos aquosos.Resumo
O fungo Sclerotinia sclerotiorum é o agente causal do mofo branco, que representa uma das principais doenças que afetam plantas cultivadas, sendo de difícil controle e manejo. Entre as plantas atacadas destaca-se a soja que possui importante papel na economia mundial. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito in vivo e in vitro de aveia branca (Avena sativa), feijão-de-porco (Canavalia ensiformis) e crotalária (Crotalaria juncea) e no controle de S. sclerotiorum em soja. O trabalho foi desenvolvido no Laboratório de Fitopatologia da Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Laranjeiras do Sul – PR e em casa de vegetação climatizada, localizada na área experimental do Campus. Em casa de vegetação foi realizado experimento utilizando vasos com capacidade de 12 Litros nos quais foi inoculado o patógeno através de sementes de trigo colonizadas, e posteriormente semeadas as plantas de cobertura. Após atingir ponto de manejo as mesmas foram cortadas próximo ao solo e mantidas como cobertura. Após se ter a formação de palhada (20 dias após o corte) foi semeada a soja deixando-se três plantas por vaso. Nas plantas de soja foi avaliada na incidência de S. sclerotiorum, número de vagens, peso da massa fresca da parte aérea e raiz e comprimento do sistema radicular em plantas de soja. Em laboratório foi avaliado o extrato aquoso da parte aérea e raiz de cada planta de adubação verde nas concentrações de 0, 0,5% 1% 5% e 10% sobre o crescimento micelial e a formação de escleródios. Os extratos foram autoclavados juntamente com o meio BDA (batata dextrose Agar) e vertidos em placas de Petri. Em cada placa foi adicionado um disco de micélio do fungo, sendo avaliado o crescimento micelial a partir do terceiro dia além da contagem de novos escleródios. Não houve germinação carpogênica e incidência visual de S. sclerotiorum na avaliação realizada em casa de vegetação. Sob condições de laboratório, os extratos aquosos das plantas de cobertura inibiram de forma linear o crescimento micelial de S. sclerotiorum, com destaque para aveia-branca cuja parte aérea e raiz promoveram inibição de 48,9 e 88,9% na concentração de 10%, respectivamente. No entanto, não foi observada significativa inibição na formação de novos escleródios. Embora não tenha sido possível observar controle da doença sob condições de casa de vegetação, o efeito inibitório dos extratos das plantas de cobertura sobre o fungo em laboratório indicam potencial das mesmas no manejo da doença, necessitando de mais estudos a respeito.Downloads
Publicado
30-11-2017
Edição
Seção
Campus Laranjeiras do Sul - Projetos de Pesquisa
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