EXPERIMENTAÇÃO DO JOGO DA ÁGUA NO ESPAÇO ESCOLAR

Autores

  • Elisabete Cristina Hammes Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Erechim
  • Renata Portugal Oliveira Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Erechim
  • Sinara Munchen Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Erechim

Palavras-chave:

Preservação, Água, Jogo.

Resumo

Este artigo surge e partir da realização do projeto “Água como tema potencializador para o ensino de Ciências da Natureza em espaços do campo e da cidade”, objetivando a elaboração e aplicação de materiais didáticos sobre o tema água no ensino de Ciências da Natureza. Foram produzidos dois jogos no formato de tabuleiro, com cartas explorando temáticas voltadas à conservação e tratamento da àgua. Em um momento anterior à distribuição dos jogos, estes foram testados em duas escolas estaduais do município de Erechim, em turmas do ensino fundamental e do ensino médio, tendo por objetivo verificar a adequação dos jogos para a faixa etária e nível de ensino, o número de participantes por jogo, a organização das regras de funcionamento e a formatação do material: tabuleiro e cartas. Percebemos que a experimentação do jogo no ambiente escolar possibilitou tanto a testagem do jogo em si, quanto à adequação da quantidade de jogadores e do conteúdo utilizado. Consideramos que foi uma experiência muito válida para todos, pois o contato direto com o público alvo permitiu a percepção de algumas questões chave para o desenvolvimento dos jogos, como a necessidade de que as questões e as regras sejam breves e claras, de fácil compreensão e execução. As questões apresentadas promoveram um diagnóstico do nível de conhecimento de cada um dos alunos, a revisão dos conhecimentos já trabalhados e apontou os conteúdos e conhecimentos que ainda não haviam sido explorados, além de desenvolver conhecimentos sobre a contextualização local e regional, bem como a revisão e apropriação de conceitos e terminologias. A partir da experimentação e das sugestões apontadas pelos alunos, foi possível perceber que a quantidade ideal de participantes por jogo pode variar conforme o nível de organização e maturidade do grupo, bem como o interesse e motivação para o desenvolvimento do jogo. Da mesma forma, a quantidade ou complexidade de regras, sendo mais adequada para certos grupos e menos adequada para outros. A forma de apropriação quanto à organização de cada grupo para a realização do jogo também pode mudar, sendo que alguns grupos se ativeram às regras e outros se organizaram de forma alternativa. A experimentação do jogo foi uma experiência muito interessante, pois foi possível confirmar que o jogo didático envolve a todos na construção e reconstrução de seus conhecimentos, e que de forma participativa e democrática permite que os grupos se auto-organizem, discutam as regras, os conceitos e solicitem auxílio quando o grupo não consegue resolver sozinho as questões colocadas.

 

 

Referências

CUNHA, Márcia Borin da. Jogos no ensino da Química: considerações teóricas para sua utilização em sala de aula. Química Nova Escola, Jogos no Ensino de Química, Vol. 34, n 2, p. 92-98, Maio 2012.

SOARES, Marlon. O lúdico em química: jogos e atividades aplicadas ao ensino de química. Tese de Doutorado d o Programa de Pós Graduação em Química, São Carlos, SP, 2004. Disponível em: ttps://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/6215/4088.pdf?sequence=1 Acesso em 10 jul 2016.

Guia para escrever um relatório. Disponível em: http://www.iag.usp.br/~eder/guia_relatorio.pdf. Acesso em 12 mai 2017.

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Publicado

29-05-2018

Edição

Seção

Campus Erechim - Projetos de Ensino