A PALHAÇARIA: UM SINÔNIMO DE ALEGRIA NOS ESPAÇOS EM QUE SE FAZ PRESENTE
Palavras-chave:
Cuidadores. Ludoterapia. Empatia.Resumo
Resumo: Por intermédio de acuradas análises sobre a relação da criança com o processo de adoecimento e hospitalização na infância, é possível identificar que o afastamento desta de seu dia a dia pode acarretar em conflitos psicológicos que acabam afetando também sua família e, especialmente, seus pais. Estes, por sua vez, podem se sentir frustrados e tristes ao verem seus filhos doentes e não conseguirem ajudá-los em todas as situações. Compreendendo a importância de adaptação do ambiente hospitalar à realidade cotidiana da criança para que o tratamento de saúde seja mais facilmente aceito por ela e, dessa forma, mais efetivo, constitui-se o Programa Enferma-Ria: a palhaçaria como ferramenta na promoção da saúde materno-infantil. Este tem transcendido nos espaços em que se faz presente, atingindo também outros participantes do processo de cuidado da criança hospitalizada, como os profissionais da equipe de Enfermagem, da equipe médica, da equipe de higienização e outros familiares acompanhantes que não as mães. Diante do exposto, este trabalho visa relatar uma ação em saúde desenvolvida com acompanhantes de crianças internadas em ambiente hospitalar, refletindo sobre a alegria que a palhaçaria proporciona a estas pessoas. Consiste em um relato de experiência de atividades realizadas por educandos dos Cursos de Graduação em Enfermagem e Medicina da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)-Campus Chapecó/SC, no Hospital da Criança Augusta Muller Bohner (HC), localizado na região Oeste de Santa Catarina. A ação relatada é oriunda do Projeto de Extensão Enferma-Ria: promovendo a saúde da mãe da criança hospitalizada, vinculado ao Programa já mencionado. Ambos encontram-se registrados na Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFFS-Campus Chapecó/SC. A ação relatada aconteceu no dia seis de maio do ano de 2016, no turno da manhã, nas dependências do HC. Neste dia, uma dupla de palhaças, juntamente com um monitor, estava presente com uma das docentes responsáveis pelo Programa para a realização das atividades. Porém, em virtude de um grande número de recém-nascidos internados neste dia, percebeu-se que as intervenções deveriam ser direcionadas para os acompanhantes e equipe de saúde, visto que eram eles que apresentavam olhares atentos e curiosos com a presença das palhaças no ambiente. Assim, em meio a abraços, músicas cantadas e brincadeiras, as intervenções relativas aos propósitos do Programa foram sendo realizadas de forma que se observou grande participação e receptividade por parte dos presentes, com manifestações de lágrimas a gargalhadas. Diante do conjunto de intervenções aplicadas neste dia, percebeu-se, acima de tudo, que a palhaçaria se constitui em sinônimo de alegria nos espaços em que se faz presente, auxiliando os profissionais que estão envolvidos diretamente com a tarefa do cuidar, até acompanhantes que exercem o cuidado sob outra perspectiva. A experiência vivenciada neste dia mostrou que trabalhar com a palhaçaria é um ofício imprevisível, sempre repleto de surpresas emocionantes que são somatórias para a formação de futuros profissionais da saúde éticos e empáticos e que compreendem e valorizam as idiossincrasias de cada pessoa.Downloads
Publicado
15-12-2017
Edição
Seção
Campus Chapecó - Projetos de Extensão e Cultura
Licença
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