PRODUTIVIDADE DE ALFACE ADUBADA COM PÓ DE ROCHA NA PRESENÇA E AUSÊNCIA DE ADUBAÇÃO QUÍMICA

Autores

  • Alice Silva Santana Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó
  • Adisson de Sá Censi
  • Fernando Lemes Ternus
  • Jaqueline Dalla Santa
  • Luana Koling Lorenzi
  • Marco Aurélio Tramontin da Silva

Palavras-chave:

Adubação orgânica. Lactuca sativa. Rochagem

Resumo

Dentre as hortaliças folhosas, a alface (Lactuca sativa L.) é a mais consumida, sendo de grande importância na alimentação e saúde humana. Para a sua produção, o fornecimento adequado e sustentável de nutrientes durante todo o ciclo é essencial. Neste contexto, o pó de rocha, um subproduto da indústria de mineração, tem sido considerado um importante meio alternativo para nutrição do solo em diversas culturas. No entanto, poucos estudos têm avaliado o potencial deste elemento na produção da alface. Assim, por meio deste trabalho, objetivou-se avaliar a produtividade da alface adubada com pó de rocha, na presença e ausência de adubação química, no município de Chapecó, SC. O experimento foi conduzido na área experimental da UFFS - Chapecó durante os meses de setembro e outubro de 2016. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso composto por cinco repetições e quatro tratamentos, sendo eles: T1 – 50% NPK+50% pó de rocha; T2 – 100% pó de rocha; T3 – 100% NPK; T4 – testemunha. As adubações foram realizadas de acordo com os resultados da análise e recomendação do solo. As parcelas foram compostas por quatro linhas de cinco plantas, sendo que a parcela útil constituiu-se por 10 plantas. A variedade utilizada foi a Alface Crespa e o espaçamento entre plantas foi de 0,25 m × 0,25 m. O fornecimento de água foi efetuado diariamente com o auxílio de um regador. As variáveis-resposta avaliadas foram: peso da massa verde e massa seca da parte aérea e a altura da parte aérea. Os dados foram submetidos à análise de variância (teste F), sendo as médias comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade, utilizando o programa estatístico R. De acordo com os resultados, em relação à variável-resposta massa seca, não houve diferença estatística entre o tratamento testemunha e o tratamento 100% pó de rocha. Estes dois tratamentos também não se diferiram estatisticamente do tratamento 50%NPK+50%Pó de rocha. Por outro lado, o tratamento 100%NPK apresentou diferença significativa, com o maior peso de matéria seca frente aos demais tratamentos estudados. O mesmo se deu com a variável-resposta matéria verde, a qual não apresentou diferença estatística para os tratamentos testemunha e 100% pó de rocha. Entretanto, neste caso o tratamento 50%NPK+50%Pó de rocha frente aos tratamentos testemunha e 100%Pó de rocha apresentou diferença significativa, sendo que o tratamento 100%NPK continuou sendo superior aos demais. Já em relação à variável-resposta altura, o tratamento testemunha foi o que apresentou menor resultado estatístico. O tratamento 100% pó de rocha não diferiu significativamente do tratamento testemunha e do tratamento 50%NPK+50%Pó de rocha. Em continuidade, o tratamento 50%NPK+50%Pó de rocha não apresentou diferenças significativas do tratamento 100%NPK, embora este último tratamento permaneça superior estatisticamente aos demais tratamentos como verificado nas outras variáveis-resposta. Conclui-se, portanto, que a produtividade da alface não é influenciada pela adição de pó de rocha.

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Publicado

09-02-2018

Edição

Seção

Campus Chapecó - Projetos de Pesquisa