RISOS NO PUERPÉRIO: A PALHAÇARIA ENTRA EM AÇÃO COM MÃES DE RECÉM-NASCIDOS INTERNADOS EM AMBIENTE HOSPITALAR
Palavras-chave:
Período pós-parto. Ludoterapia. Empatia.Resumo
Resumo: A hospitalização de recém-nascidos, muitas vezes, faz com quem mulheres tenham que vivenciar parte do puerpério dentro de um ambiente desconhecido a fim de acompanhar seus filhos no reestabelecimento de sua saúde. Tal fato pode causar alguns agravos à saúde mental destas, além de desencadear sentimentos de solidão, tristeza, medo, ansiedade, angústia e, até mesmo, depressão. Diante da necessidade de direcionar mais ações a essas mães, o Programa Enferma-Ria: a palhaçaria como ferramenta na promoção da saúde materno-infantil, vem utilizando o lúdico para proporcionar a estas mulheres momentos de alegria durante a internação hospitalar de seus filhos recém-nascidos. Diante do exposto, este trabalho visa relatar as atividades direcionadas a puérperas que possuem recém-nascidos internados em ambiente hospitalar, refletindo sobre os benefícios do riso nesse período. Consiste em um relato de experiência de atividades realizadas por educandos dos Cursos de Graduação em Enfermagem e Medicina da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)-Campus Chapecó/SC, no Hospital da Criança Augusta Muller Bohner (HC), localizado na região Oeste de Santa Catarina. Tais atividades são oriundas do Projeto de Extensão Enferma-Ria: promovendo a saúde da mãe da criança hospitalizada, Projeto vinculado ao Programa já mencionado. Ambos encontram-se registrados na Pró-reitoria de Extensão e Cultura da UFFS-Campus Chapecó/SC. Sabe-se que durante a gestação o corpo e o psicológico da mulher se modificam e algumas dessas mudanças a acompanham no puerpério, período compreendido desde o nascimento da placenta até os primeiros 40 dias de pós-parto. Desta forma, por si só, o puerpério já representa um momento de grandes desafios para a mulher. Porém, quando este período demanda uma situação como a internação hospitalar de um filho, mais desafiador será enfrentá-lo. Assim, parte das intervenções têm sido direcionadas a essas mulheres. Com um grande sorriso no rosto, as palhaças têm trabalhado com ações que envolvem músicas, com brincadeiras e trocam abraços e toques leves com as puérperas, quando assim percebem a reciprocidade para tais tipos de contatos. Desta forma, o semblante preocupado das mulheres vai dando lugar a um semblante de risos e a cada encontro percebe-se que mesmo que lágrimas escorram pelos rostos das puérperas, os olhares refletem alegria. Por fim, em cada ação até então realizada foi possível observar a importância de se trabalhar a palhaçaria com essas mães, visto que, muitas vezes, elas acabam sendo excluídas de qualquer tipo de cuidado direcionado a elas. No entanto, assim como cuidam de seus filhos, elas também carecem de atenção e de cuidado para, assim, estarem dispostas a auxiliarem no reestabelecimento da saúde dos seus filhos e, consequentemente, vivenciarem o seu puerpério de forma menos traumática possível.
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