Vitamina k profilática em recém-nascidos: Promovendo um crescimento saudável

Resumo

Introdução: O avanço científico e uma assistência primária de qualidade vêm ao longo dos anos diminuindo a mortalidade dos recém-nascidos nas maternidades. Desta forma, tem-se a necessidade de uma assistência eficaz, exigindo dos profissionais conhecimentos e habilidades para a realização desta assistência. Com vistas à atenção humanizada ao recém-nascido, implica atender as necessidades mínimas de ambiente físico, de recursos humanos e protocolos de cuidados para um efetivo cuidado. Para que se obtenha um cuidado de enfermagem adequado às necessidades do recém-nascido, é preciso uma estrutura que organize os cuidados. A fim de garantir ao recém-nascido adaptação satisfatória à vida extra-uterina, torna-se necessária, entre outros procedimentos, uma observação cuidadosa que compreende:  avaliação inicial do Índice de Apgar; avaliação transicional e avaliação periódica efetiva por meio do exame físico sistemático. O objetivo é discutir sobre o quão é fundamental que toda a criança receba a vitamina K na primeira semana de vida, evitando que doenças hemorrágicas acometam a criança. O método se dará através de uma breve revisão de estudos publicados sobre o tema até a presente data. Os resultados discorrem sobre que há consenso que os cuidados ao RN a termo e sem intercorrências nas clínicas e centros obstétrico incluem: secar, aquecer, avaliar a vitalidade e identificar o RN, promover o contato pele a pele entre mãe e bebê estimulando neste momento, sempre que possível o trinômio mãe-bebê-pai, clampear tardiamente o cordão umbilical, estimular a amamentação na primeira hora de vida, administrar o crede ocular e a Vitamina K,  medidas antropométricos e realizar cuidados com o coto umbilical. Dentre todos estes cuidados fundamentais, destaco a relevância da vitamina K que é necessária para a síntese de várias proteínas para o RN. Os níveis dos fatores de coagulação K dependentes nos RNs correspondem a 30 a 60% daqueles observados nos adultos. Aumentam principalmente durante as primeiras seis semanas de vida. Atualmente são descritas três formas clínicas da carência vitamínica k no lactente. Conclusão até o presente momento, não se dispõe de dados precisos para a profilaxia de doença hemorrágica em apenas um determinado grupo de RNs, portanto, preconiza-se a administração de vitamina K em todas as crianças, pois as consequências desta hemorragia podem ser graves, justificando uma ação preventiva eficaz. Fazem-se pertinentes novos estudos sobre o tema visto que não há publicações recentes, e, para auxiliar na constante atualização promovendo conhecimento sobre os cuidados pela equipe de enfermagem, a reflexão e a problematização da prática diária dos profissionais são essenciais para aprofundar essa temática, subsidiar e transformar condutas arraigadas e construídas culturalmente ainda vigentes dentro de um modelo tecnocrático, permitindo que o cuidado vá para além do que se centram atualmente: no procedimento e na dimensão fisiológica e biológica e que não valorizam o lado humano, ou seja, o RN e seus pais, suas necessidades e sua multidimensionalidade. Reforçando o empoderamento do enfermeiro, que possa basear suas condutas em estudos recentes, bem como auxiliar na criação de protocolos que respaldem essas rotinas.