INTERSETORIALIDADE: UM OLHAR DO AGENTE COMUNITÁRIO DA SAÚDE

Resumo

Compreende-se por intersetorialidade ações planejadas e desenvolvidas entre dois ou mais setores. Na saúde, possibilita que ações de outros setores da sociedade colaborem com o setor saúde para alcançar resultados mais duradouros e sustentáveis. Nesse sentido, atribui-se um importante papel aos(as) Agentes Comunitárias de Saúde (ACS) que desenvolvem/mediam ações que estão diretamente imbricados com projetos e ou programas de outros setores da gestão pública na perspectiva da promoção da saúde e qualidade de vida. Destaca-se que a temática encontra-se entre os temas apontados pelo serviço, considerando a necessidade de ampliar os conhecimentos dos ACS sobre a mesma. Partindo dessa breve reflexão, o objetivo deste relato é divulgar a atividade de educação permanente em saúde desenvolvida com ACS contemplando o tema insersetorialidade. As ações foram realizadas no período de 29 e 30 de junho de 2017, seis discentes da 5º fase, acompanhados por uma docente,  no componente “Cuidados de Enfermagem em Atenção Básica de Saúde”, do Curso de Graduação de Enfermagem da UFFS - Campus Chapecó, desenvolveu durante as atividades teórico práticas ações de educação permanente em saúde com aproximadamente 300 ACS do município, estes organizados em subgrupos. A atividade foi desenvolvida em forma de oficina temática contemplando o conteúdo relacionado às atribuições/trabalho do ACS. Entre estes: cadastramento familiar; mapeamento da área de atuação; educação em saúde na comunidade; visita domiciliar; participação da comunidade e atuação intersetorial. O presente relato traz uma breve reflexão sobre a atuação intersetorial desenvolvidas pelas ACS e equipes mencionadas/identificadas durante a oficina. A oficina possibilitou identificar ações concretas de atuação intersetorial, entre estes: Desenvolvimento de atividades em grupo nos espaços da comunidade (hipertensos, diabéticos, gestantes. atividades educativas nas escolas, grupos de caminhada e grupos de ginástica em espaços da comunidade, entre outros). Enquanto dificuldades mencionaram que a maioria da população não adere às atividades e a falta/fragilidade do processo de comunicação entre membros da equipe, esta última, varia entre as equipes. Compreende-se que a atuação intersetorial precisa ser qualificada, partindo da compreensão conceitual e sua efetivação na prática. Os relatos apontam a escola e espaços da comunidade como parceiros. Considera-se ainda, que existe ausência significativa de importantes setores da gestão pública na perspectiva da promoção de saúde, como assistência social, desenvolvimento rural e meio ambiente, desenvolvimento urbano, infraestrutura, juventude esporte e lazer entre outros.. Enquanto acadêmicos avalia-se que esta prática proporcionou compartilhamentos de saberes, experiências entre as ACS, discentes e docente, que serviram para o crescimento de todos, visto que a realidade é, inúmeras vezes, diferente do aprendizado sob uma teoria utópica.