RELATO DE UMA PRÁTICA SOBRE O USO DA ESCRITA DE TEXTOS NO PROCESSO AVALIATIVO DA APRENDIZAGEM

Autores

  • Gênifer Erminda Schreiner Universidade Federal de Fronteira Sul Cerro Largo
  • Eduarda da Silva Lopes Universidade Federal de Fronteira Sul Cerro Largo
  • Marisa Both Universidade Federal de Fronteira Sul Cerro Largo
  • Eliane Gonçalves dos Santos Universidade Federal de Fronteira Sul Cerro Largo

Palavras-chave:

Ensino, Avaliação, Astronomia.

Resumo

Um dos maiores problemas do ensino atualmente são os métodos avaliativos, é necessário que os professores busquem cada vez mais uma educação dinâmica e interativa, ao invés de se deter nos testes e provas como único método de avaliação, uma vez, que cada criança se desenvolve e aprende de maneira diferente. Não é mais viável que os alunos sejam avaliados de forma homogênea, apenas com questões. Uma boa alternativa seria a avaliação por meio da escrita de textos, estes demandam mais atenção por parte dos professores, mas se tornam mais proveitosos para os alunos, que podem explicar o que aprenderam com as suas próprias palavras e tentar alcançar o ponto que mais se busca do ensino atualmente, relacionar o conteúdo visto com suas vivências anteriores e com aspectos do dia a dia. Pensando nessa perspectiva, elaboramos uma atividade sobre as estações do ano e a movimentação dos planetas. Antes do desenvolvimento da atividade, fizemos algumas perguntas para os alunos do 6º ano, tais como: por quê no verão é mais quente do que no inverno, e por quê os dias (horas de sol) são mais longos no verão? Para a primeira pergunta, os alunos responderam que no verão é mais quente porque o planeta está mais próximo do Sol, e sobre a segunda ninguém havia pensado à respeito antes. Para possibilitar que os próprios alunos refletissem e percebessem o seu erro quanto à resposta da primeira pergunta desenhamos a órbita que o planeta faz entorno do Sol e os estimulamos a falar sobre o conceito de ano, fazendo-os assim perceberem que se a sua resposta estivesse correta, o ano teria dois verões e dois invernos. Imaginando que esta informação equivocada havia sido refutada pelos alunos, iniciamos a explicação sobre a inclinação do eixo da Terra, utilizando bolas de isopor e palitos. Depois, com as cortinas fechadas, as luzes apagadas, usando uma lanterna e um globo terrestre, mostramos como a luz incide sobre o globo em cada uma das estações e no que isso resulta, as diferenças de temperatura e duração das horas de Sol, levando o hemisfério sul e o Brasil como modelos. Ao final da atividade solicitamos aos alunos que revissem em seus cadernos as questões discutidas no início e que estavam erradas, neste momento percebemos como é difícil se desvincular de conceitos de senso comum, pois, no caso da atividade que desenvolvemos, mesmo com a simulação e as explicações tínhamos que ajudá-los na (re)elaboração dos conceitos apresentados. Também solicitamos que os alunos escrevessem em casa um texto de aproximadamente 15 linhas, no qual deveriam expressar seu entendimento sobre essa aula. Na correção dos textos identificamos as dificuldades dos alunos em expressar suas ideias de forma concisa e coerente, o que mostrou uma carência de avaliações e deste tipo, ou seja, os métodos de avaliação e de ensino atuais devem ser revistos, estudados, e se necessário, substituídos e/ou complementados por parte dos docentes, pois se concorda atualmente, que mais importante que saber o conteúdo é saber aplicá-lo e contextualizá-lo.

Downloads

Publicado

30-11-2017

Edição

Seção

Campus Cerro Largo - Projetos de Ensino