PÚRPURA DE HENOCH- SCHÖNLEIN EM PACIENTE ADULTO: RELATO DE UM CASO

Autores

  • Júlia Gaio Universidade Federal da Fronteira Sul Passo Fundo
  • Luiza Rosso da Silva Universidade Federal da Fronteira Sul Passo Fundo
  • Cristine Pilati Pileggi Castro Universidade Federal da Fronteira Sul Passo Fundo
  • Josiane Borges Stolfo Universidade Federal da Fronteira Sul Passo Fundo

Palavras-chave:

Púrpura de Henoch-Schönlein, Vasculite, Púrpura Palpável,

Resumo

A Púrpura de Henoch-Schönlein (PHS) é uma vasculite sistêmica autolimitada mediada por complexos imunes, que ocorre pela infiltração de neutrófilos e deposição de IgA em pequenos vasos. Frequentemente, a PHS ocorre após uma infecção do trato respiratório superior. Clinicamente, a doença é caracterizada pela tríade de púrpura palpável em membros inferiores, dor abdominal e artrite, afetando também os rins em cerca de 40 a 50% dos casos. A PHS raramente acomete adultos, sendo 90% dos casos em crianças de até 10 anos de idade. Quando acomete-os, há maiores chances de complicações, especialmente quando há envolvimento renal. O paciente deste relato é do sexo masculino, de 34 anos e apresentou lesões purpúricas palpáveis, hematúria microscópica e artralgia após quadro viral de infecção respiratória superior com febre. A apresentação clínica limitada a sintomas inespecíficos previu a necessidade de exames complementares para o diagnóstico e descarte de outras muitas patologias que têm como principal manifestação a púrpura não trombocitopênica. O exame histopatológico constatou presença de vasculite leucocitoclásica e exames laboratoriais evidenciaram lesão renal. O teste de reação em cadeia da polimerase (PCR) apresentou-se reagente para Parvovírus B19, um dos patógenos gatilho que comumente precede a PHS. A partir do quadro clínico e dos exames complementares, chegou-se ao diagnóstico da patologia e o tratamento foi realizado com uso de metilprednisolona. Em 7 dias o paciente apresentou remissão total das lesões, sem complicações. Verifica-se que a PHS deve ser considerada como possivel diagnóstico mesmo que se apresente sem a tríade usual ou que acometa pacientes adultos.

Biografia do Autor

  • Cristine Pilati Pileggi Castro, Universidade Federal da Fronteira Sul Passo Fundo
    Médica graduada na Faculdade de Medicina da Fundação Universidade do Rio Grande - FURG (1995) com Residência Médica em Clínica Médica pelo Hospital Universitário da Faculdade de Medicina da Fundação Universidade de Rio Grande - FURG (1997), Residência Médica em Infectologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (1999), Residência Médica em Terapia Intensiva pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (2000) e Mestrado em Clínica Médica (Área de Infectologia - Pesquisa Clínica) pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (2003)
  • Josiane Borges Stolfo, Universidade Federal da Fronteira Sul Passo Fundo
    Graduada em MEDICINA pela Universidade de Passo Fundo (1999). Residencia Médica em Medicina Interna no Hospital da Cidade de Passo Fundo- RS (2000 - 2002), Residencia médica em Oncologia Clinica no Hospital do Câncer AC Camarago- São Paulo-SP (2002-2005), Residencia Médica em Patologia na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre- RS (2011-2014). Médica Patologista no Instituto de Patologia de Passo Fundo- RS (IPPF)

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Publicado

30-11-2017

Edição

Seção

Campus Passo Fundo - Projetos de Ensino