O PARTO NATURAL HOSPITALAR HUMANIZADO ASSISTIDO POR ENFERMEIRAS OBSTÉTRAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA A PARTIR DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM ENFERMAGEM I

Autores

  • Tatiane de Souza universidade federal da fronteira sul
  • Grasiele Busnello Diedrich Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Grasiela Cagol Hospital Regional do Oeste.
  • Bruna Nadeletti Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Kátia Lilian Sedrez Celich Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Silvia Silva de Souza Universidade Federal da Fronteira Sul

Palavras-chave:

Saúde da mulher. Humanização. Políticas Públicas. Parto Humanizado.

Resumo

Historicamente a assistência ao parto normal foi ligada ao universo feminino, sendo as parteiras responsáveis por essa prática, eram mulheres com vasta experiência, que se dirigiam aos domicílios das parturientes para que os partos fossem sempre junto da família. Geralmente pariam em seu leito aonde a mulher se sentia confortável e segura. Um evento fisiológico e familiar que passa a ser concebido como patológico, sendo levado para as instituições de saúde, que somado ao advento das tecnologias, passou a ser um momento muitas vezes conduzido por vários atores, extraindo da mulher o protagonismo do processo de parturição. Através da política de humanização e assistência ao parto e os avanços conquistados a partir da criação da portaria da rede cegonha, mudanças e quebrasde paradigmas no atendimento às gestante e ao recém-nascido (RN), acontecem em locais com uma equipe multiprofissional comprometida com a qualidade da assistência e segurança pautadas nas diretrizes e protocolos da rede cegonha estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Vivenciar o dia a dia de uma unidade obstétrica a partir do olhar acadêmico é uma oportunidade que ao final da trajetória de toda uma graduação, surge como importante fonte de aperfeiçoamento do conhecimento adquirido e fortalecimento do futuro profissional que se molda, desconstrói e reconstrói a cada momento. Durante o estágio, realizou-se assistência e orientações às gestantes, acompanhantes e RN, observação do trabalho da enfermeira obstetra e da equipe multiprofissional. Na realização da atividade gerencial se obteve o contato com dados estatísticos do setor, que apresentam uma sobreposição no que se refere às taxas de partos vaginais em relação ao procedimento cirúrgico de cesariana. O que se observa por via de regra, é que o parto natural e humanizado é preconizado e incentivado às gestantes. A equipe de enfermagem orienta e oferta continuamente informações sobre as técnicas não farmacológicas do alívio da dor e maneiras de auxiliar no trabalho de parto. Apesar de não haver espaço adequado para deambulação a questão da ambiência é mantida e preservada, buscando a autonomia da parturiente com o seu acompanhante. Os partos acompanhados e assistidos pelas enfermeiras obstetras possuem como características o protagonismo da parturiente sendo respeitado o seu tempo bem como a escolha do local do parto, com ótimos resultados ocasionando o mínimo de intervenções e respeitando a autonomia da mulher. Prestar uma assistência obstétrica de qualidade centrada no protagonismo da mulher se apresenta como um cuidado necessário e de grande importância, enfermeiras/os cheias/os de coragem e amor à profissão lutam todos os dias em unidades obstétricas para garantirem os direitos das gestantes, alguns de maneira mais incisiva outros de maneira sutil, são agentes de transformação que tem um papel fundamental neste cenário de mudanças. Cabe aos futuros profissionais aliarem o conhecimento a realidade e a partir desta realidade criar condições para que a humanização se torne rotina, garantindo um atendimento baseado na equidade e respeito.

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Publicado

22-06-2018

Edição

Seção

Campus Chapecó - Projetos de Ensino