Vivência do acadêmico de enfermagem do sexo masculino na consulta de enfermagem ginecológica: um relato de experiência

Autores

  • Eliton Anjos Universidade Federal da Fronteira Sul -UFFS Campus Chapecó
  • Ana Paula da Rosa Universidade Federal da Fronteira Sul -UFFS Campus Chapecó
  • ângela Urio Universidade Federal da Fronteira Sul -UFFS Campus Chapecó
  • Roseli Vizoto Universidade Federal da Fronteira Sul -UFFS Campus Chapecó
  • Érica Pitilin Universidade Federal da Fronteira Sul -UFFS Campus Chapecó
  • Jucimar Frigo Universidade Federal da Fronteira Sul -UFFS Campus Chapecó

Palavras-chave:

Gênero. Atenção primaria. Desmitificar.

Resumo

Introdução: A Atenção Básica é um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais frequentes. A consulta de enfermagem como uma atividade que facilita a construção do vínculo, é uma atividade privativa do enfermeiro, a qual faz parte de uma série de atribuições do profissional que atua na Estratégia de Saúde da Família (ESF). Nesta perspectiva destaca-se a consulta ginecológica, que visa prestar um atendimento voltado não somente para os aspectos biológicos das mulheres, mas principalmente, inter-relacioná-los com os aspectos sociais e psicológicos, garantindo, desta forma, que a assistência prestada seja interdisciplinar, transformadora e integral. A consulta é reconhecida quanto ao seu papel preventivo do câncer de colo uterino e de mama, além do atendimento de problemas de saúde reprodutiva e sexual. Entretanto, enquanto acadêmico de enfermagem do sexo masculino, vivenciei no período de atividades teórico-práticas, certa resistência das mulheres mediante consulta ginecológica de enfermagem, ofertada pelo enfermeiro, principalmente, para fins de coleta de exame citopatológico do colo do útero. Objetivo: Relatar a experiência enquanto acadêmico de enfermagem do sexo masculino na consulta de enfermagem ginecológica durante o período de atividade teórico-práticas em uma Unidade Básica de Saúde no Oeste/SC. Metodologia: O relato de experiência ocorreu em um período de quinze dias de atividade teórico-práticas voltadas à assistência a saúde da mulher na Atenção Primária de Saúde (APS), realiza em âmbito de consultas de enfermagem ginecológicas. Desenvolvimento: Durante o período de atividades teórico-práticas realizávamos o acolhimento da usuária na recepção da UBS, neste momento, aproveitávamos para nos apresentar e perguntar se a usuária permitia nossa presença na consulta de enfermagem, para nossa surpresa, as expressões de desagrado e ou recusa foram inúmeras, sempre apoiado-relacionadas pelo sexo masculino do acadêmico, com falas do tipo “não quero homem na minha consulta”. Notou-se também que, mulheres adultas tem maior resistência em aceitar a assistência de profissionais do sexo masculino. Com isso ressaltamos a grande importância em desvincular o papel de prestadores de cuidado do universo feminino, levando a comunidade que enquanto profissionais de saúde/enfermeiro podemos dar maior visibilidade aos profissionais do sexo masculino como potenciais cuidadores e profissionais dos serviços de saúde. Conclusão: Apontamos que para se obter uma assistência à saúde da mulher de forma qualificada e efetiva, é necessário conhecer a comunidade em suas fragilidades e potencialidades, criando dessa forma o vínculo necessário que estimule as mulheres a procurarem o serviço, entendendo que o profissional de saúde homem ou mulher é apenas um sujeito, desta forma não ligando enfermagem à um gênero.

Biografia do Autor

  • Eliton Anjos, Universidade Federal da Fronteira Sul -UFFS Campus Chapecó
    Acadêmica da 8ª fase de graduação em Enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS Chapecó
  • Ana Paula da Rosa, Universidade Federal da Fronteira Sul -UFFS Campus Chapecó
    acadêmica 8ª fase enfermagem
  • ângela Urio, Universidade Federal da Fronteira Sul -UFFS Campus Chapecó
    acadêmica 8ªfase enfermagem
  • Roseli Vizoto, Universidade Federal da Fronteira Sul -UFFS Campus Chapecó
    acadêmica enfermagem 8ªfase
  • Érica Pitilin, Universidade Federal da Fronteira Sul -UFFS Campus Chapecó
    Enfermeira obstetra e docente
  • Jucimar Frigo, Universidade Federal da Fronteira Sul -UFFS Campus Chapecó
    enfermeira obstetra e docente

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Publicado

13-03-2018

Edição

Seção

Campus Chapecó - Projetos de Ensino