MANEJO DE PLANTAS DANINHAS COM SOLARIZAÇÃO EM LATOSSOLO VERMELHO

Autores

  • Larissa Hasse Palharim Universidade Federal da Fronteira Sul Cerro Largo
  • Mariana Poll Moraes Universidade Federal da Fronteira Sul Cerro Largo
  • Sidinei Zwick Radons Universidade Federal da Fronteira Sul Cerro Largo
  • Guilherme Masarro Araujo Universidade Federal da Fronteira Sul Cerro Largo
  • Douglas Luis Utzig Universidade Federal da Fronteira Sul Cerro Largo

Palavras-chave:

Solarização, Plantas indesejáveis, Manejo sustentável.

Resumo

Um problema que os produtores agrícolas enfrentam é a ocorrência de plantas indesejáveis. Frequentemente estas são controladas através do uso de químicos. No entanto, há produtores que desejam realizar este controle de outra forma, que seja sustentável. Uma das alternativas de controle é o uso da solarização do solo. Portanto, trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da solarização em diferentes períodos (0, 1, 3, 5, 10, 20 e 30 dias) em latossolo vermelho, sendo implantado no campus Cerro Largo – RS, durante o mês de janeiro/2017. Em cada parcela do experimento foi utilizado filme plástico transparente de polietileno de baixa densidade de 120 micras e irrigação com sistema de gotejamento sob o plástico. Após o período estabelecido de solarização para cada tratamento, o plástico foi retirado e então, a cada 15 dias, avaliou-se a emergência e identificou-se as plantas indesejáveis. Sendo encontrados a campo nove espécies, Amaranthus hybridus (caruru), Lolium multiflorum (azevém), Ipomea triloba (corda-de-viola), Urochloa plantaginea (capim papuã), Sida urens (guanxuma), Digitaria sanguinalis (capim colchão), Raphanus raphanistrum (nabo), Richardia brasiliensis (poaia branca) e Commelina benghalensis (trapoeraba). O efeito dos tratamentos foi significativo para Amaranthus hybridus pois houve pequena incidência de indivíduos após o experimento, principalmente aos 30 dias de solarização. Apesar de Commelina benghalensis ter apresentado elevado número de indivíduos no final do experimento, o efeito também foi significativo, pois houve menor incidência de plântulas principalmente em 30 dias de solarização quando comparado a testemunha. Espécies como Digitaria sanguinalis, Raphanus raphanistrum, Ipomea triloba, Lolium multiflorum e Richardia brasiliensis tiveram seus bancos de sementes inviabilizados no tratamento de 30 dias de solarização, não havendo plântulas no local um mês após a retirada do filme plástico. Neste experimento, foi possível concluir que o tratamento mais eficiente foi o de 30 dias de solarização. No entanto, os tratamentos não tiveram efeito significativo para todas as espécies. Isso, talvez possa ser explicado pelo curto prazo de avaliação do trabalho. Outro fator é que essas plantas possuem a germinação desuniforme. Sendo possível concluir que este tipo de manejo é eficiente, pois as altas temperaturas juntamente com a umidade diminuíram a viabilidade do banco de sementes no solo para algumas espécies.

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Publicado

30-11-2017

Edição

Seção

Campus Cerro Largo - Projetos de Pesquisa