GOVERNANÇA CORPORATIVA: UM ESTUDO COMPARATIVO SOBRE AS BOAS PRÁTICAS DE GOVERNANÇA
Palavras-chave:
Governança Corporativa, Estratégia de Diferenciação, TransparênciaResumo
Esta pesquisa teve como objetivo analisar comparativamente os diversos níveis de governança corporativa praticados pelas empresas listadas na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBOVESPA S.A.), especialmente com relação às normas estabelecidas pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). Tratam-se de empresas de capital aberto do Nível 1, Nível 2 e Novo Mercado e que teve como base o estudo realizado por Souza e Teixeira (2007). A metodologia aplicada classifica-se de cunho: quali e quantitativa, descritiva, realizada por meio de pesquisa survey longitudinal e analisada por meio de estatística descritiva e análise de conteúdo. Foram encaminhados 32 questionários - via e-mail e contato telefônico, no período de 25 de junho a 25 de julho de 2017 para os gerentes de relacionamento das empresas - para a mesma relação de empresas pesquisada por Souza e Teixeira (2007), a fim de verificar o que se manteve e o que se modificou após passar 10 anos do primeiro estudo. Retornaram o instrumento completamente sete companhias: três sociedades anônimas pertencentes ao Novo Mercado, três pertencentes ao Nível 2 e uma ao Nível 1. Salienta-se que as práticas de governança corporativa e seus diferentes níveis surgiram no mercado de capitais, especialmente para diferenciar e otimizar o valor econômico das organizações a longo prazo, facilitando o acesso as informações e contribuindo para melhorar a qualidade da gestão nestas organizações. Os resultados demonstram que 78% das empresas respondente atendem as normas estabelecidas pelo IBGC e que as empresa do Novo Mercado (42,86% das respondentes) são as que mais atenderam e mantiveram seus resultados com relação a pesquisa de Souza e Teixeira (2007). Este segmento se destaca pelos níveis de divulgação e transparência na gestão, especialmente pela disponibilização dos demonstrativos financeiros de acordo com normas internacionais e publicação de relatórios em padrões internacionais. Já as empresas de Nível 2, que correspondem a 28,57% das respostas, apresentaram melhorias, especialmente nos requisitos de tratamento mais equitativo entre os sócios majoritários e minoritários, apenas em um requisito este grupo ainda apresentou respostas negativas - com relação a divulgação da política de governança corporativa. No Nível 1, apenas uma companhia retornou o instrumento e observou-se que em relação à pesquisa anterior houve um melhora considerável nos indicadores, obtendo atualmente mais respostas positivas se comparado ao ano de 2007, apenas na questão dos direitos dos acionistas a empresa recebeu avaliação negativa, uma vez que atualmente a empresa não possibilita a participação de todos os acionistas nas reuniões da companhia. Por fim, este estudo evidenciou que comparativamente, de 2007 à 2017, as companhias respondentes mantiveram e/ou melhoram seus indicadores de governança corporativa, corroborando com a importância deste prática dentro das organizações, especialmente como estratégia de diferenciação dentro do mercado de capitais.Downloads
Publicado
22-06-2018
Edição
Seção
Campus Chapecó - Projetos de Ensino
Licença
Submeto o trabalho apresentado como texto original à Comissão Editorial do XIII SEPE e concordo que os direitos autorais, a ele referente, se torne propriedade do Anais do XIII SEPE da UFFS.