A PALHAÇARIA EM AMBIENTE HOSPITALAR NO CONTEXTO DAS PRÁTICAS HUMANIZADAS EM SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Kaiane Fatima Maschio Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Chapecó
  • Alessandra de Paula Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Chapecó
  • Luan Vacarin Universidade Federal da Fronteira Sul - campus Chapecó
  • Crhis Netto de Brum Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Chapecó
  • Joice Moreira Schmalfuss Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Chapecó

Palavras-chave:

Saúde da Criança, Humanização, Relações mãe-filho

Resumo

A hospitalização de uma criança, além de afastá-la de sua rotina normal, envolve intervenções, muitas vezes, dolorosas e potencialmente traumáticas, que podem gerar sofrimento, medo e ansiedade para os envolvidos. Paralelamente, a humanização em saúde envolve o estabelecimento do vínculo entre o profissional que atua nessa área e o usuário, bem como entre os próprios profissionais, visando fornecer uma assistência qualificada. Nesse contexto, práticas humanizadas, como a palhaçaria, são essenciais para minimizar os efeitos desse processo, auxiliando no reestabelecimento, tratamento e qualidade de vida das crianças internadas e seus acompanhantes e familiares. Mediante o exposto, o presente trabalho tem como objetivo relatar a utilização da palhaçaria em ambiente hospitalar como uma estratégia de humanização em saúde. Consiste em um relato de experiência oriundo do Programa Extensionista Enferma-Ria: a palhaçaria como ferramenta na promoção da saúde materno-infantil, vinculado à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Chapecó (UFFS/SC). Ações lúdicas são realizadas semanalmente, por educandos dos Cursos de Graduação em Enfermagem e Medicina da UFFS, no Hospital da Criança Augusta Muller Bohner, localizado em Chapecó/SC. Antes de cada ação programática os educandos são responsáveis por analisar e discutir os prontuários de cada criança e, posteriormente, realizar o planejamento das intervenções, a partir da singularidade de cada criança, juntamente com a pessoa que a acompanha. As ações estão relacionadas a práticas humanizadas no ambiente hospitalar, pois usam a palhaçaria como instrumento que vislumbra a criança e seu acompanhante como parte integrante e fundamental da sua recuperação. Para além disso, possibilita à criança compreender as intervenções que estão sendo direcionadas a ela, além de estabelecer espaços de interlocução coletiva de forma a propiciar a manifestação de sentimentos sobre o processo de internação. Ainda, a palhaçaria funciona como ferramenta que permite estreitar as relações entre os profissionais da saúde, a criança e seu acompanhante, visto que aproxima o mundo da criança, composto por brincadeiras e “faz de conta”, ao mundo do hospital. Dessa forma, proporciona-se o bem-estar da criança em suas dimensões social, ética, educacional e psíquica, também levando em consideração seus aspectos emocionais, indispensáveis no processo de saúde-doença. Fica evidente, portanto, que práticas humanizadas em saúde constituem-se aliadas à palhaçaria, pois são essenciais para o fortalecimento das potencialidades, bem como para a minimização das dificuldades entre os atores que permeiam o processo de hospitalização. Para os educandos, o Enferma-Ria possibilita um importante espaço de reflexão e crítica no contexto de cuidado materno-infantil, além de representar a materialização de um trabalho em prol da humanização na área da saúde.

Biografia do Autor

  • Kaiane Fatima Maschio, Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Chapecó
    Acadêmica. Curso de Graduação em Medicina, Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Chapecó, voluntária do Programa
  • Alessandra de Paula, Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Chapecó
    Acadêmica, Curso de Graduação em Enfermagem, Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Chapecó, voluntária do Programa
  • Luan Vacarin, Universidade Federal da Fronteira Sul - campus Chapecó
    Acadêmico, Curso de Graduação em Enfermagem, Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Chapecó, voluntário do Programa.
  • Crhis Netto de Brum, Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Chapecó
    Doutora em Enfermagem, Docente do Curso de Graduação em Enfermagem, Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Chapecó
  • Joice Moreira Schmalfuss, Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Chapecó
    Mestre em Enfermagem, Docente do Curso de Graduação em Enfermagem, Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Chapecó

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Publicado

15-12-2017

Edição

Seção

Campus Chapecó - Projetos de Extensão e Cultura