AS RELAÇÕES DE ESPAÇO, GÊNERO E PODER NA CONSTRUÇÃO DE UMA EDUCAÇÃO GEOGRÁFICA

Resumo

O presente trabalho tem a pretensão de inserir questões relacionadas a gênero e sexualidade diretamente na Escola Básica, face a descaracterização dessas questões na Base Curricular Nacional, promovido no início desse ano pelo Governo do Presidente Michel Temer (PMDB, 2016-2018). Inserido como projeto no âmbito do Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID), subprojeto Geografia da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), campus Erechim, e desenvolvido na Escola Estadual de Ensino Fundamental Santo Agostinho da cidade de Erechim. Questionar sobre gênero no ambiente escolar, em sua função social, caracteriza-se como um espaço que deve constituir a oportunidade da discussão de questões sociais e possibilitar o desenvolvimento do pensamento crítico. Este trabalho é embasado a partir de pressupostos epistemológicos progressistas que visam incentivar a construção da autonomia do educando e assim, a construção de uma Educação Geográfica, em que estudante a partir dos conteúdos escolares seja capaz de problematizar sua realidade. O objetivo foi identificar como a Geografia pode contribuir com a discussão de gênero, nas suas múltiplas definições, no espaço-tempo Escola. Para tal, abordamos temas, como: identidade de gênero, orientação sexual, desigualdade de gênero e feminismo, através deste viés, o da espacialização da temática. A metodologia utilizada no desenvolvimento do projeto foi à aplicação de questionários, aulas expositivas dialogadas, textos que trabalhavam questões de gênero e feminismo, debates e elaboração de cartazes.  O projeto desenvolvido gerou resultados satisfatórios, os alunos estudantes realizaram muitos questionamentos, demonstrando interesse pelo tema abordado. Portanto, essa desconstrução dos papéis atribuídos a cada gênero é uma necessidade constante em que a escola torna-se fundamental para minimizar qualquer forma de preconceito e desigualdade.