A OVINOCULTURA NA REGIÃO NOROESTE DO RIO GRANDE DO SUL: DESCRIÇÃO DO PERFIL DAS PROPRIEDADES NO ANO DE 2017
Resumo
No Rio Grande do Sul a ovinocultura sempre teve papel importante no desenvolvimento econômico e cultural do estado. O surgimento da crise internacional da lã na década de 90, acarretou na desistência de inúmeros criadores reduzindo drasticamente os rebanhos, mas a atividade ainda se manteve com um número expressivo de animais. Devido à falta de dados sobre a ovinocultura, principalmente na região noroeste do RS, desenvolveu se este trabalho, com o objetivo de descrever o perfil das propriedades, nas microrregiões de Santo Ângelo e Cerro Largo. As análises foram efetuadas de forma aleatória. Utilizou se para este estudo, 77 propriedades rurais, para aplicação de uma entrevista em forma de questionário semiestruturado. Os resultados obtidos demonstram que as propriedades que desenvolvem a ovinocultura, geralmente possuem outras atividades consideradas de maior importância, com isso destinam cuidados especiais as práticas como a bovinocultura de corte e a produção de grãos. O tamanho das propriedades varia de 1 a 1900 ha, considerando que os ovinos utilizam uma área entre 0,3 a 200 ha. A maioria das unidades produtivas apresentam indicativo de sucessão familiar, com uma frequência de aproximadamente 69%, mostrando a permanência no campo. O número de pessoas responsáveis pelas atividades com os rebanhos ovinos se delimita no máximo a 5 pessoas e as horas destinadas ao manejo varia entre uma a sete horas/dia de forma intercalada. A ovinocultura nestas microrregiões é considerada uma atividade para a subsistência e complementar a outras atividades como a criação de gado de corte e produção de grãos.
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