PERITONITE EM PACIENTES EM DIÁLISE PERITONEAL: 18 ANOS DE EXPERIÊNCIA DE UM CENTRO DE DIÁLISE DO SUL DO BRASIL

Autores

  • Bruna de Oliveira Universidade Federal da Fronteira Sul campus Passo Fundo
  • Lucas Henrique Lenhardt Universidade Federal da Fronteira Sul campus Passo Fundo
  • Carolina Klaesener Universidade Federal da Fronteira Sul campus Passo Fundo
  • Amauri Braga Simonetti Universidade Federal da Fronteira Sul campus Passo Fundo.
  • Jairo José Caovilla Universidade Federal da Fronteira Sul campus Passo Fundo
  • Sinara Guzzo Chioquetta Hospital da Cidade de Passo Fundo

Palavras-chave:

Diálise peritoneal. Peritonite. Infecção. Cateter.

Resumo

O presente trabalho visou estabelecer o perfil dos pacientes em diálise peritoneal do Serviço de Nefrologia do Hospital da Cidade de Passo Fundo/RS (HCPF), no período de 1999 a 2016. Trata-se de um estudo retrospectivo onde se verificou a ocorrência de peritonite nos pacientes em diálise peritoneal incluindo o número de episódios, agente causador, intervalo de tempo entre as manifestações e dados demográficos. Além disso, foram analisados os fatores de risco associados ao desenvolvimento de peritonite e avaliadas a relação entre o método utilizado e a ocorrência de complicações, comparando-se com outros estudos do gênero. Os resultados mostraram ocorrência de peritonite em 41% dos pacientes, com taxa de 0,32 episódios/paciente/ano, valores relativamente baixos em relação aos da literatura. Nos achados clínicos e laboratoriais a dor abdominal ocorreu em 86,7% dos casos, seguida por líquido turvo em 80,7% e Blumberg positivo em 64,1%. A contagem de leucócitos no fluido de diálise foi superior a 100/µL em 98,9% dos casos, com mais de 50% de polimorfonucleares em 89,5%. Em 60% dos casos houve detecção de 1 micro-organismo, sendo as bactérias Gram-positivas as causas mais frequentes em 37,7% dos casos, com predominância de Staphylococcus CN (13,3%) e Staphylococcus aureus (12,7%). Em 32% dos casos não houve detecção de micro-organismos. Diabetes foi a causa mais frequente de doença renal crônica, em 36% dos pacientes. Pode-se concluir pelos resultados observados que, de maneira geral, os procedimentos utilizados na condução do tratamento de pacientes com DRC por diálise peritoneal automatizada durante o período de tempo analisado foram executados de maneira apropriada e devem ser continuados.

Biografia do Autor

  • Bruna de Oliveira, Universidade Federal da Fronteira Sul campus Passo Fundo
    Discente do curso de Medicina da UFFS campus Passo Fundo.
  • Lucas Henrique Lenhardt, Universidade Federal da Fronteira Sul campus Passo Fundo
    Discente do curso de Medicina da UFFS Campus Passo Fundo.
  • Carolina Klaesener, Universidade Federal da Fronteira Sul campus Passo Fundo
    Discente do curso de Medicina da UFFS campus Passo Fundo.
  • Amauri Braga Simonetti, Universidade Federal da Fronteira Sul campus Passo Fundo.
    Docente da UFFS campus Passo Fundo.
  • Jairo José Caovilla, Universidade Federal da Fronteira Sul campus Passo Fundo
    Docente da UFFS campus Passo Fundo e médico Nefrologista no Hospital da Cidade de Passo Fundo.
  • Sinara Guzzo Chioquetta, Hospital da Cidade de Passo Fundo
    Responsável técnica e diretora do laboratório de análises clínicas do Hospital de Cidade de Passo Fundo.

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Publicado

30-11-2017

Edição

Seção

Campus Passo Fundo - Projetos de Pesquisa