Efeitos da solarização em Latossolo vermelho para controle alternativo de plantas daninhas

Autores

  • Valéria Vorpagel Frank Universidade Federal da Fronteira Sul Cerro Largo
  • Sidinei Zwick Radons Universidade Federal da Fronteira Sul Cerro Largo
  • Mariana Poll Moraes Universidade Federal da Fronteira Sul Cerro Largo
  • Guilherme Masarro Araújo Universidade Federal da Fronteira Sul Cerro Largo
  • Douglas Luis Utzig Universidade Federal da Fronteira Sul Cerro Largo

Palavras-chave:

Hortaliças, Manejo sustentável, Plantas daninhas

Resumo

Devido aos problemas com germinação e emergência de plantas daninhas em canteiros de hortaliças, aliada à preocupação com uso de agroquímicos com muita frequência, tem-se focado cada vez mais em manejos integrados e que permitam manter o equilíbrio biológico nos locais de cultivo. Como forma alternativa, realizou-se a solarização em parcelas da área experimental do campus Cerro Largo- RS. Após diferentes períodos de solarização (30, 20, 10, 5, 3, 1 dia e testemunha) retirou-se o plástico e foram coletadas amostras nas profundidades de 0-10 cm e de 10-20 cm de cada parcela de forma aleatória. Estas amostras foram levadas à casa de vegetação e contabilizadas a emergência das plantas daninhas em bandeja. Foram identificadas 09 espécies: Amaranthus hybridus (caruru), Lolium multiflorum (azevém), Bidens pilosa (picão-preto), Sonchus oleraceus (serralha), Ipomoea triloba (corda-de-viola), Sida urens (guanxuma), Digitaria sanguinalis (capim colchão), Raphanus raphanistrum (nabo) e Commelina benghalensis (trapoeraba). Caruru, serralha e trapoeraba foram as que apresentaram interações significativas com os tratamentos, evidenciando a eficácia de controle de plantas daninhas em Latossolo Vermelho com solarização. No entanto, as demais espécies não apresentaram interação significativa entre os tratamentos. Para a trapoeraba, observa-se um elevado número de indivíduos, chegando a ultrapassar a quantia de 5 plântulas por bandeja. Isso pode ser explicado pelo fato da mesma ter reprodução assexuada e duas estruturas especializadas em produção de sementes, o que a torna de difícil controle. O caruru também obteve destaque nas amostragens, com até 6 indivíduos por bandeja. Além de ser bem adaptada às condições de alta insolação e às temperaturas típicas das regiões áridas e semiáridas, é um ótimo indicador da qualidade do solo, essencialmente de solos ricos em potássio, cuja condição foi constatada no local de experimento. As condições fornecidas pela instalação e retirada do plástico aliadas a umidade, podem ter interferido no mecanismo de dormência, tornando mais complexo o manejo. Além do mais, os picos de emergência podem ser explicados pelos fluxos germinativos desuniformes, característico de plantas invasoras.

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Publicado

30-11-2017

Edição

Seção

Campus Cerro Largo - Projetos de Pesquisa