CONTRIBUIÇÕES DA INTERVENÇÃO ASSISTIDA POR ANIMAIS EM UM HOSPITAL PEDIÁTRICO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Bruna Ticyane Müller Narzetti Universidade Federal da Fronteira Sul Chapecó
  • Crhis Netto de Brum Universidade Federal da Fronteira Sul Chapecó

Palavras-chave:

Criança hospitalizada, Terapia Assistida por Animais, Enfermagem

Resumo

Durante o processo de hospitalização da criança, a equipe de saúde tem um papel fundamental, sendo capaz de desenvolver alternativas para torná-la menos traumática. Dentre estas alternativas, pode-se destacar a Intervenção Assistida por Animais (IAA) onde o animal é parte fundamental na realização do trabalho e tratamento. Diante desta possiblidade, desenvolveu-se um projeto de extensão intitulado “Cãopanheiro: Promover a saúde, o bem-estar e qualidade de vida de crianças e adolescentes por meio das Intervenções Assistidas por Animais no âmbito hospitalar”, vinculado a uma Universidade Pública da região Oeste de Santa Catarina desenvolvido no Hospital Pediátrico do Município de Chapecó desde dezembro de 2016. O cão utilizado na atividade é cedido por um Pet Shop, que é uma instituição parceira no projeto, o qual foi escolhido por se adequar às exigências para o desenvolvimento de tal atividade, sendo uma delas o adestramento. Anteriormente, ao turno da visita (intervalo de no máximo 12h), o cachorro recebe a higiene completa (banho) e passa pela avaliação de um profissional veterinário, o qual, após examiná-lo, atesta a saúde do animal. As visitas acontecem uma vez por semana e ocorre no próprio quarto dos pacientes. Ressalta-se que somente a criança autorizada pela equipe médica e de enfermagem recebe a intervenção. Primeiramente questiona-se a criança e aos familiares quanto à apreciação por um cão, se a resposta for positiva leva-se o cachorro próximo ao leito possibilitando a interação. Até o momento não se obteve negativas quanto à aceitação do projeto entre as crianças e seus familiares. As crianças gostam e até os próprios familiares solicitam que as visitas deveriam ocorrer mais vezes na semana, relatando que um cão no ambiente hospitalar permite um momento de descontração para a criança diferente da rotina que ocorre em hospitais pediátricos. Já se pode perceber o quanto essa atividade é benéfica neste ambiente. A partir de uma escala, onde os familiares podem avaliar a atividade, além de diálogos com os familiares e com a equipe multiprofissional é possível verificar a contribuição dessa terapêutica. A afeição que as crianças sentem pelo cão, a maneira que elas interagem trazendo aquele sorriso no rosto e o agradecimento pela visita especial do dia, é gratificante. Fica evidente a contribuição da intervenção no processo de hospitalização da criança, a qual mostra o quanto é válido as terapias complementares e/ou alternativas. Foi possível perceber uma melhora no equilíbrio emocional das crianças que receberam a visita do cachorro, o que auxiliou na sociabilidade facilitando a interação com a equipe e também com familiares. Diante disso, é possível afirmar que a Intervenção Assistida por Animais aplicada como um recurso terapêutico se faz importante, pois ultrapassa os métodos padronizados já conhecidos no campo profissional e acadêmico, e se mostra como uma técnica inovadora e dinâmica, com um domínio aberto a novos estudos que irão enriquecer o cenário científico profissional.

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Publicado

15-12-2017

Edição

Seção

Campus Chapecó - Projetos de Extensão e Cultura