Cores orgânicas: pesquisa e elaboração de propostas metodológicas educacionais envolvendo corantes e pigmentos orgânicos
Palavras-chave:
corantes e pigmentos, química das cores, ensino de químicaResumo
No âmbito educacional, o ensino da Química muitas vezes é criticado, por ser centrado na memorização de conteúdos, e fora do contexto social, cultural ou ambiental, resultando em uma aprendizagem momentânea e fugaz. Visando alterar este cenário educacional, o estudo da Química das Cores pode fornecer um suporte para a aprendizagem nas diversas áreas do saber e em especial no Ensino de Química. Dessa forma podemos viabilizar a aprendizagem de conteúdos e conceitos químicos através da contextualização. Nesta perspectiva, emprego de conhecimentos científicos pertinentes ou correlacionados à pigmentos e corantes como tema gerador para propostas de estratégias metodológicas, além de proporcionar uma reflexão epistemológica e didática, permite a significação/ressignificação dos conceitos Químicos numa perspectiva de Ciência Tecnologia e Sociedade (CTS), uma vez que o currículo pautado nos pressupostos CTS trabalha as interrelações entre a explicação científica, planejamento tecnológico/solução de problemas e tomada de decisões sobre temas práticos de importância social. Sabe-se que desde a antiguidade o homem faz uso de corantes e pigmentos para a decoração de corpos ou paredes de cavernas como na gruta de Altamira na Espanha e em Lascaux na França, bem como em outros usos. Através da janela da história humana, temos que sempre houve a busca por novos materiais colorantes para usos e fins diversificados pelas sociedades ao redor do planeta. Cabe inferir que atualmente continuamos a buscar novos pigmentos e corantes e que vivemos circundados por objetos coloridos e, para a confecção dos mesmos foi necessário o emprego de corantes ou pigmentos. Outrossim a busca por novos corantes e pigmentos impulsionou a industrialização de várias nações, sendo assim o estudo e reflexão sobre a Química das Cores de relevância para a o incremento do arsenal cultural dos nossos jovens estudantes. Nesta via neste projeto de pesquisa utilizamos o tema gerador Cores Orgânicas, com ênfase nos corantes e pigmentos orgânicos para a proposição de propostas metodológicas referentes ao ensino no âmbito da Química. Através da pesquisa e experimentação podemos elaborar estratégias didáticas e recursos pedagógicos, passíveis de serem utilizadas na prática pedagógica de professores, desenvolvendo assim, com habilidade e qualidade os diferentes conceitos químicos tais como hibridização de orbitais, ressonância, geometria molecular, mecanismos de reações, teorias de ligações químicas e espectroscopia. Outrossim, o desenvolvimento deste projeto de pesquisa incrementará o leque de produção de conhecimento científico produzido por esta Instituição de Ensino, contribuindo desta forma para o estabelecimento da UFFS como produtora de conhecimentos que produzem implicações relevantes na sociedadeReferências
MOREIRA, M. A. Teorias da aprendizagem. São Paulo: EPU, 1999.
MOREIRA, M.A., MASINI, E.S. Aprendizagem significativa: a teoria de David Auzebel. São Paulo: Moraes, 1982.
OSBORNE, J., SIMON, S., COLLINS, S. Attitudes towards science: a review of the literature and its implications. International Journal of Science Education, 25(9), 1049-1079, 2003.
GRÄBER, W. Schooling for Life-Long Attention to Chemistry Issues: The Role of Interest and Achievement. In: HOFFMANN, L.; KRAPP, A.; RENNINGER, K. A., BAUMERT, J. (eds.). Interest and Learning: Proceedings of the Seeon-conference on interest and gender. Kiel: IPN-Schriftenreihe, 1998.
HAEUSSLER, P. Measuring students’ interest in physics — design and results of a cross-sectional study in the Federal Republic of Germany. International Journal of Science Education, 79-92, 1987.
SJÖBERG, S. Scientific Literacy and School Science. In: SJÖBERG, S., KALLERUD, E. (eds.) Science, Technology and Citizenship. NIFU – Norsk institutt for studier av forskning og utdanning: Oslo, 9-28, 1997.
LEVISON, H.W. Artist’s Pigments – Lightfastness Tests and Ratings, Florida: Colorlab, 1976.
DELAMARE, F; GUINEAU, B, Colors – The story dyes and pigments, Harry N. Abrams, INC., New York: Publishers, 2000.
SANTOS, W.L.F.; MORTIMER, E.F. Uma análise de pressupostos da abordagem CTS no context da educação brasileira. Revista Ensaio, 02(02), 110-132, 2000.
OLIVEIRA, G. F.; etall. Da antropologia pré-histórica para a antropologia visual: das imagens as memórias nas pinturas rupestres do parque nacional Serra da Capivara-PI. XXVII Simpósio Nacional de História: conhecimento histórico e diálogo social. Natal-RN, 2013.
ORNA, M.V. The Chemical History of Color, Heiderberg: Springer, 2013.
CHISTIE, R.M. Colour Chemistry – 2nd edition. Cambridge: The Royal Society of Chemistry, 2015.
BECHTOLD, T.; MUSSAK, R. Handbook of Natural Colorants, Chichester: Wiley & Sons, 2009
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Submeto o trabalho apresentado como texto original à Comissão Editorial do XIII SEPE e concordo que os direitos autorais, a ele referente, se torne propriedade do Anais do XIII SEPE da UFFS.