ADAPTAÇÃO DO CULTIVO DE CAMARÃO DE ÁGUA DOCE PARA A REGIÃO SUL - LARVICULTURA E BERÇARIO EM PERIODO DE INFERNO
Palavras-chave:
extensão universitáriaResumo
O camarão Macrobrachium rosenbergii é um camarão exótico, inserido no Brasil na década de 70 que devido as suas características biológicas e facilidade de manejo é o camarão de água doce mais cultivado no país. Sua temperatura ideal para cultivo é de 28º a 30º C, porém o Paraná apresenta um histórico de temperaturas médias de 11º C nos meses de maio a agosto, possibilitando os cultivos dessa espécie somente nos meses de setembro a abril. O desenvolvimento larval ocorre em água salobra e é considerada a etapa mais crítica para o desenvolvimento da atividade no país. Com o objetivo de garantir uma maior eficiência dos cultivos na região sul do país foi proposto como alternativa a realização da larvicultura nos meses de maio a agosto, seguido de berçários de um a dois meses em ambiente fechado e estocagem de juvenis para engorda a partir de setembro. A larvicultura de camarão de água doce foi realizada na UFFS, vinculada ao Programa de Extensão "Identificação e Organização do Sistema Produtivo de Piscicultores da Região de Laranjeiras do Sul: Aspectos Associados ao Manejo, Monitoramento Ambiental, Controle Sanitário e Controle do Sistema de Produção”. Os reprodutores foram mantidos em sistema de recirculação fechado em estufa na proporção de quatro fêmeas para um macho, sendo monitorados e alimentados com ração de camarão. A identificação da presença de fêmeas com ovos incubados foi seguida de transferência para laboratório climatizado em recipientes de PVC fechados com tela plástica para passagem das larvas logo após a eclosão. Estes recipientes foram transferidos para dois sistemas de recirculação fechados com caixas de larvicultura de 310 litros e biofiltro, temperatura de 28º C, salinizados com sal marinho reidratado a 12 %o. A larvicultura teve duração média de 30 dias, a alimentação utilizada foi náuplios de artêmia, e a partir de 10 dias, a alimentação foi suplementada com flan produzido com ovo, ração em pó para camarão e óleo de figado de bacalhau. Após transformadas em pós-lavas os animais foram transferidas para um sistema de berçário, em estufa, com sistema de recirculação fechado e aquecedores na água para manutenção da temperatura entre 26º C e 28º C e serão mantidas por pelo menos 30 dias até a estocagem nos produtores vinculados ao projeto. A primeira larvicultura foi desenvolvida no mês de julho e as pós-larvas já encontram-se em período de berçário. Uma segunda larvicultura já está em curso. Os produtores que receberão estes juvenis já foram selecionados e estão com os viveiros reservados para a realização dos dois ciclos de cultivo. Com esta estratégia, o projeto de extensão apresenta proposta para melhorar o potencial, já identificado, de produção do camarão de água doce na região.Downloads
Publicado
30-11-2017
Edição
Seção
Campus Laranjeiras do Sul - Projetos de Extensão e Cultura
Licença
Submeto o trabalho apresentado como texto original à Comissão Editorial do XIII SEPE e concordo que os direitos autorais, a ele referente, se torne propriedade do Anais do XIII SEPE da UFFS.