OS LIVRES POBRES E AS ESTRATÉGIAS DE RESISTÊNCIA COTIDIANA PARA A POSSE E O USO DA TERRA EM GUARAPUAVA (1840-1889)
Palavras-chave:
Migrantes. Agregados, Resistência, Trabalho, Guarapuava.Resumo
A pesquisa apresentada discute as formas de resistência das populações livres pobres migradas ou nascidas na Vila de Guarapuava, povoação a oeste na Província de São Paulo, e depois do Paraná, no período 1840-1889. A colonização da região se iniciou em 1810, voltada para a criação de gado e para a agricultura de subsistência, porém, a partir de 1840 a povoação instalada começou a fazer o papel de ponta de lança para novas expedições a Sul e a Oeste, deixando de ser a fronteira mais afastada em direção às repúblicas do Prata. Com essa peculiaridade de se tornar a borda do sertão, uma fronteira borrada de fixação, mas também de transitoriedade, a região atraía migrantes livres pobres para o convívio com indígenas, proprietários e escravos africanos, todos sob forte hierarquização. Os objetivos dessa pesquisa estão vinculados à compreensão das estratégias de resistência desenvolvidas pelos livres pobres durante o tempo que estiveram fixados em Guarapuava, e tem como pontos principais levantados a relação com o trabalho, a formação de vínculos familiares e de interdependência pessoal (agregação) os conflitos ocorridos nas vivências cotidianas, configurando atos de violência física, quanto aos conflitos realizados junto aos representantes do Estado na tentativa de obtenção da posse da terra. As metas correspondem a responder a questionamentos vinculados ao que fazia com que os livres pobres deixassem de “vagar” pelas províncias e estabelecessem residência e relações sociais e de trabalho em Guarapuava na segunda metade do século XIX, assim como a quais formas de resistência eram utilizadas por essa mesma população para conquistar e manter as formas de pose e uso da terra na região. A metodologia será a mesma utilizada em obras da História Agrária, agregando fontes diferenciadas com o uso de concepções da micro-história social.
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